O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi alvo de uma ação civil movida pelo MBL, que pede R$ 20 mil de indenização por danos morais. O motivo é que, em 26 de março, durante sessão do Conselho de Ética da Câmara, ele chamou o grupo de “organização criminosa”.
– Essa é uma oportunidade para que a gente mostre, judicialmente, o que é esse MBL, a relação inclusive que eles têm com membros nazistas de organizações que atuam pelo subterrâneo – disse o parlamentar durante discussão sobre o pedido de cassação.
Na ocasião, o deputado fluminense tentou ligar um assessor do deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP), com o satanista tiktoker Vicky Vanilla que já revelou seu desejo de fundar um partido nazista.
Essa não foi a primeira vez que Glauber chamou o MBL de organização criminosa, em 28 de agosto do ano passado, também em sessão do Conselho de Ética, ele fez a mesma declaração:
– Não vou pedir desculpas ao MBL. O MBL é uma organização criminosa. E se precisa de alguém no exercício do mandato parlamentar para dizer isso, eu estou aqui para fazê-lo.
Na última quarta-feira (9), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados votou e aprovou um relatório que pede a perda de mandato do deputado por quebra de decoro. Braga é acusado de chutar Gabriel Costenaro, militante do MBL, durante uma discussão dentro da Câmara, em abril do ano passado.
O placar final da votação ficou em 13 votos pela cassação e 5 votos contra. Durante a sessão do Conselho de Ética, Glauber Braga anunciou que iria fazer greve de fome. O parlamentar ainda pode recorrer à própria CCJ.
Caso tenha o recurso negado, o relatório será julgado pelo plenário da Câmara. Para que ocorra a cassação são necessários os votos de 257 dos 513 parlamentares.
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