O Egito apresentou uma nova proposta israelense para um cessar-fogo em Gaza, de acordo com a emissora Al Qahera News TV, que é afiliada ao governo egípcio. No entanto, um alto funcionário do Hamas disse que pelo menos dois elementos da proposta eram inviáveis.
Citando fontes, a Al Qahera disse que os mediadores aguardavam a resposta do Hamas.
O grupo palestino disse em um comunicado que estava estudando a proposta e que vai entregar a resposta assim que possível.
Mais cedo, Sami Abu Zuhri, representante do Hamas, disse à Reuters que a proposta não atendia à principal exigência do grupo palestino, que seria a de que Israel se comprometa com o fim definitivo das ofensivas.
Na proposta, Israel também pediu pela primeira vez o desarmamento do Hamas na próxima fase das negociações. Mas Abu Zuhri afirmou que “entregar as armas da resistência é um milhão de linhas vermelhas, e não está sujeito a consideração, muito menos a discussão”, disse.
Israel não comentou imediatamente sobre a proposta.
Fontes palestinas e egípcias disseram que a última rodada de negociações, realizada no Cairo para restaurar o cessar-fogo e libertar os reféns israelenses, terminou sem nenhum avanço.
O Hamas insiste que Israel se comprometa a encerrar a guerra e a retirar suas forças da Faixa de Gaza, conforme o último acordo de cessar-fogo de três fases que entrou em vigor no final de janeiro. No entanto, Israel afirmou que não encerrará a guerra a menos que o Hamas seja eliminado e devolva os reféns restantes mantidos em Gaza.
“O Hamas está pronto para entregar os reféns de uma só vez em troca do fim da guerra e da retirada das forças militares israelenses” de Gaza, disse Abu Zuhri.
Desde a retomada de sua campanha militar no mês passado, as forças israelenses mataram mais de 1.500 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza. O Hamas deslocou centenas de milhares de pessoas e impôs um bloqueio a todos os suprimentos que entram nos limites do território.
Enquanto isso, 59 reféns israelenses permanecem nas mãos dos militantes. Israel acredita que 24 deles estejam vivos.
CNN Brasil