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Bombas israelenses já mataram 171 jornalistas em um ano e meio de guerra

by Redação: A Trombeta News
21 de abril de 2025
in Internacional
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Manifestação em apoio à imprensa palestina, em Paris: "Gaza, detenha o massacre de jornalistas, solidariedade para com os nossos colegas"  -  (crédito: Stephane de Sakutin/AFP)

Manifestação em apoio à imprensa palestina, em Paris: "Gaza, detenha o massacre de jornalistas, solidariedade para com os nossos colegas" - (crédito: Stephane de Sakutin/AFP)

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“Se eu morrer, quero uma morte retumbante. Não quero estar nas notícias de última hora ou ser um número dentro de um grupo. Quero uma morte que o mundo ouça, um impacto que dure para sempre e imagens imortais, que não serão enterradas pelo tempo ou pelo lugar.” Fatma Hassouna escreveu essas palavras em junho de 2024, oito meses depois do começo da guerra na Faixa de Gaza. A repórter fotográfica e artista palestina foi morta à 1h (hora local) da última quarta-feira, aos 25 anos, enquanto dormia. Um bombardeio israelense destruiu a casa da família, no bairro de Al-Tuffah, na Cidade de Gaza. Além dela, morreram nove familiares, incluindo três irmãos, de 10, 15 e 20 anos, e uma irmã, de 23, grávida de seis meses; os pais ficaram feridos.

Israel atribui morte de 15 paramédicos em Gaza a ‘mal-entendido operacional’ e afasta subcomandante

Fatma acabou se tornando estatística, um dia depois de saber que o seu documentário Put Your Soul on Your Palm and Walk (“Coloque sua alma na palma da mão e caminhe”, pela tradução livre) foi selecionado para o Festival de Cinema de Cannes. Desde 7 de outubro de 2023, quando Israel começou a atacar a Faixa de Gaza, 171 jornalistas perderam a vida na guerra — em média, um a cada três dias. 

Em 17 de janeiro de 2025, o também repórter fotográfico Mohammed Hiesham Salem, 29, conversou com Fatma. “Mohammed, se algo acontecer comigo, deixe que o mundo saiba sobre mim e minhas fotos. Eu não gosto de drama, mas confio em você”, escreveu a amiga, em mensagem compartilhada por Mohammed com a reportagem. Ontem, ele enviou ao Correio dezenas de fotos de Fatma.

Um dos sete irmãos de Fatma, Mujahid Raed Hassouna, 23, contou ao Correio que ela sentia a morte próxima. “Dois dias antes (do bombardeio), Fatma falou sobre sua amiga Mahasin, que foi martirizada em um ataque da ocupação israelense. Ela me disse que sentia que seria a próxima a ser martirizada”, lembra.

Mujahid revelou, ainda, que a irmã estava muito feliz com a escolha do documentário para o Festival de Cannes. “Ela era muito ambiciosa e amava a fotografia e o jornalismo”, descreveu. Para ele, a morte de Fatma tem a ver com o fato de ela levantar a voz em prol dos palestinos. “Eles (israelenses) querem impedir que as vozes de civis inocentes, idosos e crianças ecoem pelo mundo afora”, completou o irmão.

Diretora do filme feito em parceria com Fatma e ativista dos direitos humanas, a iraniana Sepideh Farsi afirmou ao Correio que trocou várias mensagens com Fatma, depois de saber da existência dela por um refugiado palestino, no Egito, em 2024. “Como as estradas estavam bloqueadas e eu não poderia entrar em Gaza, Fatma me ajudaria a ter uma voz lá dentro e a obter imagens. Nós nos falamos por chamadas de vídeo por quase um ano. As conversas se tornaram a base do documentário. Fatma é o centro do filme. Tentei lançar luz sobre a vida dela e sobre quem era. Meu foco era como as pessoas sobrevivem sob bombas e em meio à fome, às restrições, aos cortes de água e de eletricidade, aos bloqueios. De forma tão generosa, paciente, com humor e resiliência, Fatma respondeu às minhas perguntas e era ansiosa em conhecer o mundo. Ela nunca colocou os pés fora de Gaza e amava viajar”, disse Farsi.

De acordo com a cineasta, Fatma tinha uma “energia incrível, além de generosidade e espontaneidade”. “Ela brilhava, era rica em camadas, cantava, escrevia poemas, trabalhava com crianças traumatizadas pela guerra e distribuía comida para pessoas necessitadas. Fatma concordou em me enviar as fotos que fez. Parte das imagens está no filme. São fotos muito fortes, um grande testemunho da destruição sistemática e do genocídio em Gaza”, acrescentou. Farsi não tem dúvidas: “O bombardeio foi direcionado devido ao trabalho de Fatma como fotógrafa, ao documentar o genocídio”. 

Mohammed Salem tem um palpite para o fato de tantos jornalistas serem mortos em Gaza. “Isso ocorre porque eles transmitem a verdade ao mundo, e porque a imagem nesta guerra faz diferença. Israel está interessado em assassinar jornalistas para obscurecer a verdade”, desabafou. O jornalista Motasem Dalloul, por sua vez, disse ao Correio que conhece “muitos colegas” que perderam a vida nos bombardeios. “É uma tentativa de Israel de suprimir vozes e esconder os crimes israelenses”, comentou. “Ser jornalista em Gaza é muito difícil, exaustivo, inseguro. Precisamos estar prontos para o choque ao vermos nossos familiares mortos.” 

Amigo de Fatma, o repórter fotográfico Hamza Al-Madhoun, 19, entende que jornalistas se tornaram alvo na guerra por conta da natureza de seu trabalho. “Eles sempre tentam transmitir uma imagem trágica da vida na Faixa de Gaza e tentam defender os seus direitos de documentarem os eventos”, afirmou ao Correio. Ainda assim, Hamza não teme um destino trágico. “A morte é inevitável, todos estamos nesse caminho”, justificou. Ele contou que Fatma era como uma “irmã mais velha” e um ser humano “maravilhoso”. “Ela nada temia, a não ser Deus. Não tinha medo da morte. Pelo contrário, ela carregava a alma nas mãos e se arriscava para transmitir a imagem do seu povo.”

Sepideh Farsi lembrou que as forças israelenses usam métodos diferentes de intimidação nos territórios ocupados contra a imprensa. “Um dos diretores de No other land, Hamdan Ballal, foi espancado por colonos e sequestrado. Israel também fechou os escritórios da rede Al-Jazeera em Gaza e a declarou ilegal. Quanto mais se mata jornalistas, e essa é uma realidade cínica, menos haverá a cobertura de fatos e a partilha da verdade”, lamentou. 

 

 

“Fatma tinha uma visão linda e capturava imagens que refletiam a vida e a esperança. Talentosa, frequentemente trabalhava para desenvolver suas habilidades de fotógrafa. Meses antes de a guerra começar, ela passou a registrar a vida diária dos palestinos. Também fez fotos de cerimônias de graduação e trabalhou em parceria com organizações internacionais e locais, em Gaza. Quando teve início a guerra, ela tomou a iniciativa de mostrar o que estava acontecendo com o nosso povo em Gaza.

Enquanto pessoa, era humana. Amava se doar e era voluntára na Campanha de Caridade Al-Ihsan. Além disso, ela procurou fazer muito bem às pessoas durante a guerra. Fatma era uma pessoa calma, compassiva e emotiva. Ela amava a vida. Muito mesmo. Também era uma escritora. Em seus escritos, você descobre que ela é verdadeiramente um ser humano em todos os sentidos da palavra. Era uma amiga leal para mim. Nunca esquecerei quando senti falta da minha mãe, pois não a via havia vários dias. Contei a Fatma. Na manhã seguinte, a encontrei me enviando uma foto da minha mãe ao lado dela.”

Mohammed Hiesham Salem, 29, repórter fotográfico e amigo de Fatma Hassouna 

Correio Braziliense

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