A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou nesta segunda-feira (21) que o processo de sucessão papal será conduzido com discernimento e oração, respeitando a pluralidade de realidades representadas no colégio de cardeais.
Ao todo, são 252 cardeais de 90 países que, segundo a CNBB, refletem a diversidade da Igreja e estarão atentos ao que o momento atual exige. Para os bispos, o Papa Francisco deixou um legado de abertura e escuta, que marca o início desse novo ciclo.
“Com esse período de oração e, acima de tudo, se deixar conduzir pelo Espírito Santo, essas representações vão apresentar o que o momento atual exige. Do Papa Francisco, agradecemos muito a ele por tornar muito plural”, afirmou o secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, em coletiva de imprensa, nesta segunda.
Hoepers destacou ainda a simplicidade do papa, inclusive nas decisões relacionadas ao próprio funeral.
“O Papa optou por mais simplicidade nos funerais. Escolheu ser sepultado na Santa Maria Maior, era uma igreja de confissão. São pequenos gestos que já durante a vida nos mostraram a simplicidade de sua forma de ser e, na hora da sua morte, continua nos ensinando a ser simples”, destacou.
A CNBB informou que os bispos brasileiros já estão mobilizados para um período de nove dias de luto e oração. Uma reunião extraordinária da assembleia será convocada para decidir os próximos passos da entidade.
O núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, informou que será organizada uma celebração solene na arquidiocese de Brasília, reunindo fiéis e autoridades em homenagem ao pontífice.
O ritual oficial de confirmação da morte será realizado na noite desta segunda-feira, às 20h (horário de Roma). Uma homenagem está prevista para quarta-feira (24), às 14h15, na Catedral de Brasília, com a presença de autoridades brasileiras.
O velório do Papa começará na manhã de quarta-feira no horário local, e o funeral deve ocorrer entre sexta e domingo, antecedendo o sepultamento. Oficialmente, o Vaticano informou que a causa da morte foi AVC, coma e “colapso cardiovascular irreversível”.
Em nota, a presidência da CNBB lembrou a importância da visita do papa ao Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, e classificou Francisco como “peregrino da esperança, pastor humilde e corajoso, testemunha incansável da misericórdia de Deus”. Segundo os bispos, sua vida foi “expressão da ternura do Pai e sinal da fraternidade universal”.
CNN Brasil
