Conhecido por apoiar uma postura mais acolhedora quanto à comunidade LGBTQIAPN+, o Papa Francisco participou de um almoço com 1,2 mil pessoas em vulnerabilidade social, incluindo 44 mulheres trans. O evento ocorreu em 19 de novembro de 2023 e fez parte da 7ª Jornada Mundial dos Pobres.
As mulheres trans que participaram do almoço faziam parte de um projeto de acolhimento da Paróquia de Torvaianica, próxima a Roma. Naquele ano, Francisco disse que “mulheres trans são filhas de Deus” e que Ele “as ama como são”.
“Nós, pessoas trans, nos sentimos um pouco mais humanas, porque o papa Francisco nos levar para perto da Igreja é uma atitude linda. Porque precisamos de um pouco de amor”, disse Carla Segovia, uma profissional do sexo que estava sentada em frente ao pontífice no almoço.
Ainda em 2023, o Papa disse que as pessoas trans poderiam ser batizadas na Igreja Católica, com uma condição: desde que não causasse escândalo ou “confusão”.
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No entanto, no ano seguinte, Francisco assinou um documento chamado Dignitas Infinita (Dignidade Infinita), em que condenava a cirurgia de redesignação sexual e a classificava como “ameaça grave à humanidade”. Além disso, disse que os estudos de gênero são uma “ideologia terrível” perigosa para a humanidade.
Apesar disso, Francisco é conhecido como o pontífice mais flexível com as questões da comunidade LGBTQIAPN+.
O papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira (21/4). Recentemente, o pontífice tratou de uma pneumonia bilaterial e chegou a ficar internado por 38 dias. O papa teve alta e cumpriu algumas agendas nas últimas semanas. Neste domingo, inclusive o papa surpreendeu fiéis e proclamou a benção de Páscoa na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Correio Braziliense