O procurador-geral da República, Paulo Gonet, abriu os trabalhos no Supremo Tribunal Federal (STF) apresentando a sua manifestação em defesa da denúncia que apresentou à Corte contra 34 pessoas diretamente envolvidas na tentativa de golpe de Estado. Nesta terça-feira (22/4), a Primeira Turma julga o chamado “núcleo 2”, responsável por gerenciar o planejamento da trama golpista.
Com o grupo foi encontrada a minuta do golpe e um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes após as eleições de 2022. A denúncia dos acusados foi dividida em 4 núcleos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz parte do primeiro núcleo de acusados, que já teve a denúncia apreciada pela Corte. Ele é o primeiro presidente da República a se tornar réu por tentar derrubar o Estado Democrático de Direito.
Gonet destacou que a denúncia demonstra explicitamente a individualização dos fatos. Um dos principais argumentos das defesas é de que os denunciados apenas seguiram ordens de superiores.
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O procurador-geral contradisse os advogados ao afirmar que todas as defesas tiveram acesso integral aos autos da denúncia. Gonet apontou ainda que a posição profissional ocupada pelos acusados no curso da tentativa de golpe era relevante.
Saiba quem é quem
Acompanhe ao vivo:
Neste primeiro dia de julgamento do núcleo 2, as defesas apresentam seus argumentos. A manifestação dos votos dos ministros está prevista para amanhã (23), dia que a Corte decidirá sobre o futuro dos acusados. Caso a denúncia seja aceita, eles tornam-se réus por tentativa de golpe de Estado.
Correio Braziliense