A Itália está preparando uma operação de segurança máxima para o funeral do papa Francisco no próximo sábado (26), na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde são esperados mais de 200 mil fiéis e vários chefes de Estado e de governo, razão pela qual serão mobilizados mais de 4 mil policiais em Roma e uma zona de exclusão aérea será estabelecida.
Centenas de policiais e agentes de proteção civil já estão presentes no Vaticano para controlar o trânsito e orientar o grande fluxo de pessoas que se dirigem à Basílica de São Pedro para se despedir de Francisco, depois que seu corpo foi levado à igreja nesta quarta-feira (23) para ser velado até a próxima sexta (25).
Cerca de 2 mil carabinieri (policiais militares), bem como agentes da Polícia do Estado e da Guarda Financeira, já foram mobilizados, de acordo com o Ministério do Interior italiano. Também há centenas de policiais e patrulhas da polícia de Roma, que expandirá sua presença para 2 mil agentes entre sexta-feira, 25 de abril, e sábado, 26 de abril.
A operação de segurança se intensificará à medida que a contagem regressiva para o funeral avance, quando delegações de cerca de 170 países chegarão, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o ucraniano Volodymyr Zelensky; os chefes de governo da França e do Reino Unido, Emmanuel Macron e Keir Starmer, respectivamente, assim como o príncipe William da Inglaterra e o rei e a rainha da Espanha, entre muitos outros.
De acordo com relatos da imprensa, uma zona de exclusão aérea será implementada sobre o Vaticano e se estenderá até Roma, enquanto a área ao redor da Praça de São Pedro será isolada até sábado com detectores de metais, drones e medidas de vigilância aérea do Exército.
De acordo com a imprensa local, atiradores, unidades caninas e de detecção de explosivos serão mobilizados em terra e no subsolo. Caças militares também estarão de prontidão em caso de emergência, e dispositivos serão ativados para detectar drones hostis.
A presença de unidades de polícia fluvial para patrulhar o rio Tibre e suas margens, bem como dos bombeiros, também foi ampliada. A segurança precisará ser reforçada principalmente em torno das missões diplomáticas e embaixadas em Roma que receberão as respectivas delegações, especialmente na residência do embaixador dos Estados Unidos, onde Donald Trump deverá ficar hospedado.
Em antecipação à chegada de delegações e fiéis, também está previsto o reforço da segurança nas estações de trem e nos aeroportos de Fiumicino e Ciampino, em Roma, onde o tráfego aéreo e a gestão das pistas serão adaptados à chegada das respectivas delegações.
No total, o Ministério do Interior italiano planejou uma infraestrutura para acomodar um máximo de 170 delegações, de acordo com o titular do ministério, Matteo Piantedosi.
No subsolo, equipes do Escritório de Prevenção e Resgate Público estão monitorando três estações e plataformas de metrô, e a Prefeitura de Roma aumentou o uso de serviços de metrô e ônibus para o Vaticano para facilitar o acesso à Basílica de São Pedro.
Para completar a situação de segurança, também foram ativados mecanismos de nova geração implantados pela polícia, incluindo um sistema 3D para garantir uma visão de 360 graus das áreas ao redor da Praça de São Pedro. Outra questão crítica de segurança será a rota que o caixão do papa fará do Vaticano até a Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma, onde será enterrado.
– Dada a grande participação que esperamos, decidimos tornar o trajeto público – disse o prefeito de Roma, Lamberto Giannini, que não especificou o trajeto, embora tenha enfatizado que o público poderá se despedir de Francisco em sua última jornada até o local do sepultamento.
*EFE
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