O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que caso o presidente da Ucrânia, Voldymyr Zelensky, não aceite ceder o território já ocupado pela Rússia, incluindo a península da Crimeia, pode acabar perdendo o país inteiro ao longo da guerra contra Vladimir Putin.
A declaração ocorreu na Truth Social, nesta quarta-feira (23), após Zelensky afirmar, horas antes, que jamais aceitará a ocupação da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014. O líder ucraniano frisou que isso violaria a Constituição do seu país, e reiterou que trata-se de um “território do povo da Ucrânia”.
Em resposta, o republicano disse que a Crimeia era um território perdido e que declarações como aquela eram prejudiciais às negociações de paz.
– Essa declaração é muito prejudicial às negociações de paz com a Rússia, visto que a Crimeia foi perdida anos atrás sob os auspícios do presidente Barack Hussein Obama e nem sequer é um ponto de discussão – argumentou Trump.
– São declarações inflamadas como as de Zelensky que tornam tão difícil resolver essa guerra. Ele não tem nada do que se gabar! A situação da Ucrânia é terrível. Ele pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro – acrescentou.
Após uma reunião com representantes da Ucrânia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha em Londres, Zelensky voltou a abordar o assunto:
– As emoções estavam à flor da pele hoje. Mas é bom que cinco países tenham se reunido para trazer a paz para mais perto: Ucrânia, EUA, Reino Unido, França e Alemanha. As partes expressaram as suas opiniões e acolheram respeitosamente as posições umas das outras. É importante que cada lado não tenha sido apenas um participante, mas que tenha contribuído significativamente – disse Zelensky.
– O lado americano compartilhou a sua visão. A Ucrânia e outros europeus apresentaram as suas contribuições. E esperamos que seja precisamente esse trabalho conjunto que conduza a uma paz duradoura. Somos gratos aos nossos parceiros. A Ucrânia agirá sempre em conformidade com a sua Constituição e temos absoluta certeza de que os nossos parceiros, em particular os EUA, agirão em consonância com as suas fortes decisões – acrescentou.
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