O ex-deputado no Congresso dos Estados Unidos e filho de brasileiros George Santos, que protagonizou um escândalo por mentir sobre sua vida pessoal e profissional, foi condenado nesta sexta-feira (25) a sete anos e três meses de prisão, depois de se declarar culpado em 2024 de fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado.
Como parte de seu acordo com a Promotoria, o ex-congressista por um distrito do estado de Nova York também deve pagar 373.749,97 dólares (cerca de R$ 2,1 milhões) para reembolsar as vítimas de suas ações.
Santos, de 35 anos, o primeiro membro do Partido Republicano abertamente gay no Congresso americano, onde ficou por apenas cerca de um ano até ser cassado, se apresentou nesta sexta-feira ao tribunal federal do Distrito Leste de Nova York para ouvir a sentença.
Santos criou uma ampla rede de mentiras, alegou ter trabalhado para empresas como Citigroup e Goldman Sachs. Ele também alegava ser descendente de uma família judia que escapou do holocausto, mas as informações não passavam de mentiras.
Como parte de seu acordo de confissão em agosto de 2024 para evitar ir a julgamento, Santos, cujas mentiras foram reveladas pelo jornal The New York Times, admitiu ter roubado as identidades de alguns apoiadores, incluindo membros da família, para custear sua campanha para chegar ao Congresso, além de ter enganado doadores.
Após a reportagem do NYT, outras investigações jornalísticas apontaram que não havia nenhum vestígio de seu tempo na universidade ou de suas supostas atividades no ramo imobiliário e nem que a ONG de resgate de animais que ele alegava ter fundado era realmente beneficente.
Foi descoberto também que, anos antes, ele havia sido acusado de fraude no Brasil.
Uma investigação da comissão de ética do Congresso americano revelou que ele havia gastado fundos de campanha para tratamentos estéticos e roupas de grife, cosméticos e com a plataforma OnlyFans (site de conteúdo adulto).
Políticos dos partidos Republicano e Democrata pediram a expulsão dele da Câmara dos Representantes dos EUA, o que aconteceu.
*EFE
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