ECONOMIA |
A parcela do orçamento das famílias brasileiras comprometida com o pagamento de dívidas voltou a aumentar e já está em nível similar ao período do lançamento do programa Desenrola, criado pelo governo Lula em 2023 para estimular a renegociação de débitos e reduzir o elevado endividamento dos brasileiros.
A trajetória de alta ficou mais clara a partir de dezembro de 2024, segundo dados do Banco Central (BC).
Quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes e o valor médio da dívida supera R$ 1,5 mil. Entre os Estados, o Amapá tem a maior proporção de endividados, e Santa Catarina, a menor. É o que mostra estudo da Pagou Fácil, plataforma da financeira Paschoalotto, que analisou informações de inadimplentes no país.
De acordo com o levantamento, feito a partir de dados próprios e de outras fontes, como o Serasa, o Brasil tinha 75,7 milhões de inadimplentes em março, o que equivale a 46,6% da população adulta do país. Na comparação com março de 2024, houve aumento de 2,8 milhões de endividados, cerca de 3,8%. Segundo Rafael Saab, economista da Paschoalotto, inadimplentes são pessoas que têm dívida aberta, não necessariamente que estão com nome inscrito no Serasa ou no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito.