O governo de Donald Trump informou à Universidade de Harvard nesta segunda-feira (30) que uma investigação sobre as políticas de inclusão empregadas constatou que a instituição de ensino havia violado os direitos civis de estudantes judeus e israelenses.
Os advogados do governo dos Estados Unidos concluíram que Harvard sabia que esses estudantes se sentiam ameaçados e supostamente agiu com indiferença deliberada, informou a imprensa local.
Além disso, o governo presidido por Donald Trump advertiu a universidade mais rica dos Estados Unidos que retirará permanentemente todo o financiamento federal se não fizer mudanças nesse sentido, relacionadas a seus protocolos sobre antissemitismo e políticas inclusivas conhecidas como DEI.
– A não implementação imediata das mudanças apropriadas resultará na perda de todos os recursos financeiros federais e continuará a afetar o relacionamento de Harvard com o governo federal – afirma a carta, que o presidente de Harvard, Alan Garber, recebeu nesta segunda.
O documento observa que Harvard permaneceu impassível depois que estudantes israelenses foram supostamente agredidos nos últimos dois anos, e o campus foi vandalizado com pichações representando um cifrão dentro de uma estrela de Davi e uma bandeira israelense com uma suástica em vez da estrela.
Essas notificações formais de violação da lei de direitos civis geralmente são seguidas de uma ação judicial do Departamento de Justiça ou de um acordo voluntário com a universidade.
Visto em perspectiva, esse aviso do governo Trump contra Harvard é mais um passo em um relacionamento tenso entre as partes, depois que no início deste ano o Executivo exigiu que a instituição permitisse monitorar suas admissões, contratações e a ideologia dos alunos e funcionários.
Harvard se opôs à exigência, e o governo Trump anunciou que congelaria mais de 2 bilhões de dólares (R$ 11 bilhões) em verbas federais para a prestigiada universidade, motivo pelo qual a instituição processou o governo dos EUA por supostamente violar a Primeira Emenda da Constituição e o devido processo legal.
Além disso, Harvard divulgou seus próprios relatórios internos sobre antissemitismo e preconceito antimuçulmano no campus em abril, concluindo que os estudantes judeus e também muçulmanos se sentiam inseguros nos meses seguintes ao 7 de outubro, e que estava trabalhando para resolver a situação.
Em maio, o governo Trump emitiu outra notificação desse tipo para a Universidade de Columbia – cujos protestos contra a guerra na Faixa de Gaza alcançaram proporções internacionais – por não proteger os estudantes judeus de assédios.
*EFE
Fonte: Pleno News