sábado, julho 19, 2025
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Projeto de corte de impostos e gastos de Trump é aprovado no Senado dos EUA

O Senado dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, votou nesta terça-feira (1º) para aprovar um amplo projeto de lei de corte de impostos e de gastos do presidente Donald Trump, que cortará os programas de assistência alimentar e médica Medicaid para os pobres e deficientes.

A votação foi de 50-50 e o vice-presidente JD Vance foi o voto de desempate.

Os senadores republicanos Rand Paul, Susan Collins e Thom Tillis votaram “não” com os democratas na legislação.

A conta multitrilionária desbloquearia cortes de impostos e aumentos de financiamento para a segurança nacional, parcialmente pagos pelo maior corte na rede de segurança federal em décadas.

O projeto de lei abrangente agora precisa ser aprovado pela Câmara dos Representantes antes de ir para a mesa do presidente. Os líderes republicanos estão se esforçando para cumprir o prazo de 4 de julho imposto por Trump.

O processo no Comitê de Regras da Câmara deve se estender por horas. Se a medida for aprovada pela comissão, a Câmara deverá se reunir amanhã às 10h (horário de Brasília) para começar a debater a legislação.

No momento, os líderes republicanos preveem duas rodadas de votação: uma sobre procedimentos para aprovar a regra e a segunda sobre a aprovação final.

O tempo ainda está incerto, especialmente porque os democratas podem atrasar ainda mais o processo com táticas de atraso que forcem a entrada de mais eleitores.

O megaprojeto orçamentário da gestão republicana ainda enfrenta resistência dentro do próprio partido. O motivo? A peça deve elevar a dívida já trilionária dos Estados Unidos em mais US$ 3 trilhões nos próximos 10 anos.

Alguns republicanos da Câmara estão discutindo reservadamente se devem ou não impedir que o projeto de lei vá a plenário, o que poderiam conseguir rejeitando a chamada votação da regra que antecede a aprovação final na Câmara, de acordo com duas pessoas familiarizadas com as discussões. Mas ainda não está claro se eles conseguirão resistir à pressão do presidente da Câmara, Mike Johnson, e do próprio Trump.

Até o momento, vários parlamentares importantes da Câmara se recusam a dizer como se comprometerão com o projeto de lei do Senado. Johnson acredita que pode conseguir os votos, mas isso exigirá uma campanha feroz — e provavelmente a ajuda do próprio Trump.

Na mira do projeto orçamentário, para abrir espaço aos cortes de impostos e isenções fiscais que virão, está o Medicaid, programa que permite a 80 milhões de norte-americanos mais pobres a financiar um plano de saúde.

A estratégia pode ser um risco para o Partido Republicano, uma vez que parte da sua base depende do auxílio, sobretudo a parcela de comunidades rurais.

O deputado republicano de Nova Jersey, Jeff Van Drew, que está acompanhando de perto a abordagem republicana no Senado sobre o Medicaid, disse à CNN Internacional em uma mensagem de texto que ele está no “processo de avaliação”.

O representante republicano do Tennessee, Tim Burchett, um conservador linha-dura que pressionou por mais redução do déficit, disse à CNN por mensagem de texto: “Estou avaliando minhas opções agora. Indo para Washington. Vou ver o que o Senado aprovou.”

Em sua primeira reação à aprovação do chamado “One Big, Beautiful Bill” (um grande e belo projeto de lei, em tradução livre), Donald Trump disse que era “música para meus ouvidos” durante uma mesa redonda em um novo centro de detenção de imigrantes na Flórida.

“Uau, música para meus ouvidos”, disse Trump quando um repórter lhe deu a notícia, acrescentando o comentário com um elogio a seu vice pelo voto de Minerva.

“Ele está fazendo um bom trabalho”, concluiu o mandatário.

*Com informações de Reuters

Traduzido por João Nakamura, da CNN Brasil

Fonte: CNN Brasil

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