sábado, julho 19, 2025
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Ministros do partido de Netanyahu pedem anexação da Cisjordânia

Os ministros do partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pediram nesta quarta-feira (2) que Israel anexe a Cisjordânia ocupada antes do recesso do Knesset — o Parlamento israelense — no final do mês.

Eles divulgaram uma petição antes da reunião de Netanyahu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, onde as discussões devem se concentrar em um possível cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza e em um acordo de libertação de reféns com o Hamas.

A petição foi assinada por 15 ministros do gabinete e por Amir Ohana, presidente do Knesset. Não houve resposta imediata do gabinete do primeiro-ministro.

O ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, que tem forte relação com Netanyahu, não assinou a petição. Ele está em Washington desde segunda-feira (30) para conversas sobre o Irã e Gaza.

“Nós, ministros e membros do Knesset, pedimos a aplicação imediata da soberania e da lei israelense na Judeia e na Samaria”, escreveram eles, usando os nomes bíblicos para a Cisjordânia capturada por Israel na guerra do Oriente Médio de 1967.

A petição citou as recentes conquistas de Israel contra o Irã e seus aliados e a oportunidade oferecida pela parceria estratégica com os EUA e o apoio de Trump.

O documento afirma que o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel demonstrou que o conceito de blocos de assentamentos judaicos juntamente com o estabelecimento de um Estado palestino representa uma ameaça existencial a Israel.

“A tarefa deve ser concluída, a ameaça existencial deve ser removida de dentro de Israel e outro massacre no coração do país deve ser evitado”, comenta a petição.

A maioria dos países considera os assentamentos judaicos na Cisjordânia, muitos dos quais separam as comunidades palestinas umas das outras, como uma violação da lei internacional.

A cada avanço dos assentamentos e das incursões israelenses, a Cisjordânia se torna mais fragmentada, minando ainda mais as perspectivas de uma terra na qual os palestinos poderiam construir um Estado soberano, previsto há muito tempo na pacificação do Oriente Médio.

Os políticos israelenses favoráveis aos assentamentos foram encorajados pelo retorno de Trump à Casa Branca, que propôs que os palestinos deixassem Gaza, uma sugestão amplamente condenada em todo o Oriente Médio e fora dele.

Fonte: CNN Brasil

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