O ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Tércio Arnaud Tomaz foi questionado pela PF (Polícia Federal) sobre o suposto envolvimento de parlamentares e blogueiros apoiadores do ex-presidente no chamado “gabinete do ódio”.
Os investigadores questionaram sobre a participação de cerca de 11 pessoas no suposto gabinete. Entre eles, o de Olavo de Carvalho, blogueiro morto em 2022, além das deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) e o empresário Luciano Hang.
Tércio negou que a estrutura para espalhar fake news e atacar adversários políticos existisse na gestão anterior. O ex-assessor também não reconheceu parte dos nomes questionados.
Ele trabalhou com o ex-presidente durante quase todo o mandato. Atualmente, Tércio ocupa um cargo no PL (Partido Liberal).
O depoimento durou cerca de uma hora na sede da PF, em Brasília. Tércio é investigado no inquérito das fake news instaurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A apuração já completou mais de seis anos.
Na saída da oitiva, o advogado Eduardo Kuntz afirmou que Tércio se colocou à disposição para os esclarecimentos e que o depoimento faz parte de novas diligências.
“Ele foi chamado hoje como investigado, não como testemunha, para explicar principalmente sobre o gabinete do ódio. Assim como fez na CPI (das fake News), se colocou à disposição para novos esclarecimentos. Parece que é por conta das novas diligências que foram abertas no próprio inquérito das fake news e faz parte disso ouvir os investigados, entre eles agora o Tércio”, comentou.
Fonte: CNN Brasil