Levantamento da CNN com bancos e corretoras apontou cinco fundos imobiliários (FIIs) mais indicados para julho deste ano, entre eles BTG Pactual Logística Fundo de Investimento e Bresco.
Foram consideradas as avaliações de cinco instituições financeiras: BTG, EQI Research, Empiricus, Genial Investimentos e Santander.
Opções com 3 indicações:
Para o segundo semestre, a Empiricus destacou um cenário de juros altos, incertezas políticas e ruídos sobre tributação, que seguem pressionando os preços e limitando o apetite por risco.
Em junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por aumentar a Selic em 0,25 ponto porcentual, a 15% ao ano, sinalizando o fim do ciclo de alta para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado.
Mas, um período prolongado da taxa de juros neste patamar, com a dívida ficando mais cara, pode afetar alguns setores do mercado.
“Os setores de incorporação residencial voltada à média renda e o agronegócio merecem atenção redobrada no segundo semestre. Diante disso, os indicadores de inadimplência dos FIIs de crédito e dos Fiagros devem ser acompanhados com cautela”, escreveu a Empiricus em relatório.
No cenário externo, o BTG destacou três frentes principais: geopolítica, com os desdobramentos do cessar-fogo entre Israel e Irã; tarifária e o início das tarifas recíprocas; e fiscal, vendo o avanço da “Big Beautiful Bill” no Congresso.
Nos Estados Unidos, o FOMC manteve a taxa de juros na faixa dos 4,25% e 4,50%, destacando que a elevada incerteza tarifária segue exigindo cautela. Assim, os economistas do BTG apontam um único corte de 25 ponto porcentual em dezembro pelo Federeal Reserve (Fed, banco central norte-americano).
Olhando para o rendimento de junho, o IFIX — índice que mede o comportamento dos fundos imobiliários mais negociados na bolsa — atingiu sua máxima histórica, ao alcançar os 3.483,77 pontos, impulsionado pelos dividendos distribuídos pelos fundos que compõem o índice.
Na avaliação da Genial Investimentos, esse é um bom sinal que se soma ao ciclo de juros e que faz com que seja um momento bastante oportuno para alocações em fundos imobiliários.
“Vale lembrar que, embora as projeções indiquem cortes na Selic apenas a partir de 2026, o movimento de alta do IFIX em 2016 começou cerca de 10 meses antes do início efetivo do ciclo de flexibilização monetária”, analisa a Genial.
Além disso, os analistas da corretora avaliam que uma eventual alternância de poder em 2026, com a eleição de um governo com viés mais “fiscalmente responsável”, poderia acelerar o ritmo de cortes, destravando ainda mais valor para os fundos no médio prazo.
Fonte: CNN Brasil