sábado, julho 19, 2025
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Moraes autoriza PF prorrogar investigação contra réus da trama golpista

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta sexta-feira (4) a PF (Polícia Federal) prorrogar por 60 dias a investigação contra o policial federal Wladimir Soares e outros réus na ação penal por tentativa de golpe de Estado.

Durante as investigações, a PF encontrou mensagens de áudios do agente da PF em que ele afirmava que fazia parte de um grupo armado formado para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, se necessário, estariam dispostos a “matar meio mundo de gente”.

A investigação tramita em uma petição no STF, relatado por Moraes. Hélio Ferreira, Rafael Martins e Rafael Azevedo, ambos integrantes do núcleo três, também são investigados no caso.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, nos termos previstos no art. 230-C, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, prorrogo por mais 60 (sessenta) dias a presente investigação”, diz o ministro.

Nos áudios encontrados pela PF, agente da PF Wladimir Soares afirmava que esperava apenas uma autorização do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para agir. Nas mensagens, ele diz que o golpe não ocorreu porque o então presidente “deu para trás”.

“Os generais deram uma última forma e disseram que não iam mais apoiar ele. Na realidade, o PT pagou para eles, comprou esses generais. Eles se venderam no último minuto, quando a gente ia tomar tudo”, reclamava nos áudios.

Ainda nas mensagens, o agente fazia declarações mais graves de violência. Em um dos relatos, o policial dizia que o ministro Alexandre de Moraes, “tinha que ter tido a cabeça cortada” quando impediu a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da PF, em 2020.

“Vamos tocar o barco. O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente [Bolsonaro] de colocar um diretor na Polícia Federal, o Ramagem”, declarou Soares em áudio obtido pela PF.

O policial federal está preso desde novembro passado. Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), ele teria participado da elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, cujo objetivo seria assassinar, além de Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Fonte: CNN Brasil

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