Sem corrupção, lucro das estatais brasileiras foi de R$ 60,7 bilhões no primeiro semestre de 2019

As empresas estatais federais apresentaram lucro de R$ 60,7 bilhões nos seis primeiros meses de 2019, incremento de 68,6% na comparação com o mesmo período de 2018.  O grupo formado por Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Eletrobras representa mais de 90% dos ativos totais e do patrimônio líquido das empresas estatais federais.  Os dados estão no 11º Boletim das Empresas Estatais Federais, com dados referentes ao primeiro semestre de 2019, divulgado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia.

Entre os grupos analisados, o maior crescimento percentual verificado foi no grupo BNDES, que saiu de um lucro de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2018, para R$ 13,8 bilhões no primeiro semestre de 2019, aumento de 190%. O endividamento das estatais também apresentou redução de 37% entre dezembro de 2015 e junho de 2019, queda de R$ 198,8 bilhões. A variação é decorrente, principalmente, da redução da dívida da Petrobras.

Transparência

Após a realização de um novo levantamento, a Sest constatou o número de 208 companhias, sendo 45 delas sediadas no exterior. Entre janeiro e junho deste ano, quatro empresas já não faziam mais parte do portfólio de estatais controladas pela União. A BB Turismo foi liquidada, a BR Distribuidora e a Stratura Asfaltos foram privatizadas e a Logigás foi incorporada à Petrobras. Dessa forma, o país possui 204 estatais federais, sendo que 46 são de controle direto e 158 subsidiárias.  

“As pesquisas foram concretizadas com o objetivo de conferir transparência quanto às informações prestadas à sociedade e aos órgãos de controle. A Sest apresenta o patrimônio público das empresas estatais federais com maior clareza e, a partir de agora, esses dados irão fundamentar todos os estudos de privatizações e desinvestimentos estatais de forma a continuar o grande processo de transformação do Estado no qual estamos diretamente inseridos” afirmou o Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Antônio Ribeiro Soares.

Os dados da Sest não levam em conta as empresas coligadas (aquelas em que as companhias de controle direto da União ou suas subsidiárias exercem influência significativa, mas não tem controle) e as de simples participação (modalidade nas quais as empresas de controle direto ou suas subsidiárias detêm mera participação, sem influência significativa). 

Conforme anunciado em coletiva de imprensa na semana passada pelo Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, a União detém 637 participações entre empresas controladas diretamente, suas subsidiárias, coligadas e simples participação.

Fonte: Ministério da Economia

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