EUA: Alabama quer banir cirurgia de mudança de sexo em crianças e adolescentes

Informou o The Washington Times que legisladores do estado de Alabama estão tentando banir a cirurgia de mudança de sexo e bloqueadores hormonais em adolescentes.

“Na quinta-feira, os senadores estaduais votaram esmagadoramente (placar de 22-3) pela aprovação de um projeto de lei apresentado pelo senador Shay Shelnutt, republicano de Trussville, que tornaria crime para médicos e outros provedores médicos prescrever bloqueadores hormonais ou cirurgias para menores que tentassem tratar de disforia de gênero”, escreveu o Times.

O projeto de lei leva o título de “Lei de Proteção e Compaixão por Crianças Vulneráveis”.

“Eu simplesmente não acho, e outros também não, que as crianças deveriam receber medicamentos experimentais ou cirurgias que possam ter consequências irreversíveis para o resto da vida”, justificou Shelnutt. “As crianças não são totalmente desenvolvidas até mais tarde na vida. Acho que todos podemos concordar que as crianças não são capazes de tomar certas decisões até determinadas idades. E, por isso, queremos impedir que esses procedimentos aconteçam no Alabama.”

A congressista Vivian Davis Figures (Partido Democrata) se opôs ao projeto e indagou ao republicano Shay Shelnutt “quantas crianças” procuraram a cirurgia transgênero no estado, sugerindo que o número era pequeno: “você deve pelo menos ter os fatos e números para fazer a justificativa do que está tentando fazer”, interpelou Figures.

O autor do projeto então replicou que “uma criança” já seria muita coisa.

“Este ano, uma dúzia de projetos de lei que restringem o acesso de menores de idade a tratamento médico para terapia de gênero – e criminalizam os médicos que o fornecem – foram introduzidos em estados como Oklahoma, West Virginia e Ohio. Os projetos de lei, apresentados pelos republicanos, têm nomes vagamente semelhantes, como ‘Lei de Proteção de Menores contra Mutilação e Esterilização’ no Colorado e ‘Lei relacionada à proteção pública’ de Kentucky”, ressaltou o The Times.

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