Ceará tem mais de 2.700 mortes por doenças respiratórias em 2019

Maior número de casos ocorre, historicamente, de janeiro a maio; período concentrou quase metade dos óbitos em dez anos, apontam números do Ministério da Saúde levantados pelo Núcleo de Dados do Sistema Verdes Mares

Um dos transtornos silenciosos, mas comuns, do período chuvoso no Ceará tem causado mais mortes ano a ano: de 2009 a 2018, foram registrados 56.623 óbitos por doenças respiratórias em todo o Estado. Já neste ano, somente de janeiro a maio, 2.758 pessoas morreram em consequência de influenza, pneumonia, asma, bronquiolite, doenças crônicas e outras infecções agudas das vias aéreas inferiores. Os números são do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), levantados pelo Núcleo de Dados do Sistema Verdes Mares.

Entre 2009 e 2017, a quantidade de mortes causadas por doenças no aparelho respiratório aumentou mais de 74% nos municípios cearenses, saindo de 4.426 para 7.725 casos. Já em 2018, a quantidade de óbitos no Estado por essas causas diminuiu em relação a 2017, sendo contabilizadas 7.041 ocorrências.

Há uma predominância clara de qual período do ano concentra as mortes: os meses de janeiro a maio, que incluem toda a quadra chuvosa no Ceará. De acordo com os dados, mais de 28,7 mil óbitos foram registrados exatamente nesse intervalo, de 2009 até este ano. A soma das mortes contabilizadas entre janeiro e maio de 2009 a 2018, aliás, corresponde a cerca de 46% de todas as mortes por doenças respiratórias no Estado nesses dez anos. Para fins de comparação fiel com os totais anuais, não incluímos casos de 2019.

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