Desvio de dinheiro público na pandemia pode superar e muito propinas da Copa de 2014

A pandemia causada pelo novo coronavírus abriu um leque de “oportunidades” para gestores corruptos em todo o país. A dispensa da necessidade de licitação proporcionada por decretos de calamidade sem fundamento possibilitaram contratações de empresas “amigas” a preços superfaturados.

No rio de janeiro, o governador Wilson Witzel pode estar no centro de um escândalo sem precedentes. Após a ocultação de contrato de quase R$ 1 bilhão feito pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com a Organização de Saúde Iabas – organização esta que foi proibida de contratar com a Prefeitura do Rio por envolvimento em irregularidade – para gerenciar os hospitais de campanha do Estado do Rio, agora surgem denúncias de fraude no processo de licitação que deu vitória  a esta empresa.

Conforme denunciado pelo deputado estadual Anderson Moraes, só a jardinagem dos hospitais de campanha contratados pelo Governo do Rio custariam R$ 600.000,00 reais. Um absurdo

Especialistas no combate a crimes financeiros estimam que a quantia de dinheiro público desviada no contesto da pandemia pode chegar a 5 ou 6 vezes mais do que a média desviada na construção das arenas da Compra do Mundo de 2014 no Brasil.

No passado, a operação Lava Jato chegou às arenas construídas ou reformadas para a Copa do Mundo de 2014. Delações de ex-executivos das construtoras Odebrecht, divulgadas recentemente, e da Andrade Gutierrez citam nove dos 12 estádios utilizados como “palco” de crimes como cartel, pagamento de propinas e também caixa 2.

Apenas os particulares Beira-Rio, em Porto Alegre, e Arena da Baixada, em Curitiba, se “salvaram”. A Arena Pantanal, em Cuiabá, não foi mencionada nestas delações, mas também já foi alvo de denúncias. O Maracanã é apontado como campeão em propina.

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