10 lições para a direita adotar em 2021

O ano de 2020 de fato não foi fácil. Além de termos de lidar com o problemático cenário político brasileiro, tivemos também que lidar com um vírus que já podemos considerar que mudou os hábitos no mundo inteiro, em muitos setores. Descobrimos que podemos trabalhar de casa e não precisamos ir ao escritório, que lavar as mãos com frequência é importante, e também que a Organização Mundial de Saúde não serve para nada. No entanto, o principal aprendizado é que temos de nos organizar melhor. A direita brasileira precisa focar mais nos pontos que concorda, e esquecer por enquanto aqueles que discorda, ou logo mais perderemos terreno para a esquerda novamente. Tendo esse cenário em vista, elaborei, com base nos acontecimentos do ano de 2020, dez lições para a direita adotar a partir de 2021, seja nós, como sociedade civil, sejam os políticos. O objetivo é nos aprimorarmos para combater a esquerda e viver de acordo com os nossos valores, algo impossível devido à situação que órgãos como o STF impuseram ao Brasil.

1 – Organize-se: todos os movimentos políticos que mudaram a história dos países, como por exemplo a Revolução Francesa, a Revolução Russa e a Revolução Gloriosa, tinham algo em comum: os interessados na causa estavam organizados e alinhados entre si. Isso não significa que a Revolução Francesa ou a Russa foram boas, pelo contrário, destruíram os países alvos, mas o fato é que conseguiram o que queriam. Assim, procure formar grupos, associações ou até ONGs para agirmos, ou se filie a algum movimento, pois uma única pessoa não faz nada, no entanto, quando estamos de fato unidos por uma mesma causa, os resultados são melhores. Lênin mesmo dizia que “uma minoria organizada derrota uma maioria desorganizada”. Isso é tão verde que um grupo de pessoas que eram minoria conseguiram fazer a Revolução Russa, derrubar o Czar (Imperador) daquele país e instaurar o socialismo. Na Revolução Gloriosa foi a mesma coisa: o Rei Jaime II estava abusando do povo, que se organizou e o depôs e ainda fizeram o próximo Rei, Guilherme III, assinar a Declaração de Direitos, que impedia, dentre outras coisas, o aumento arbitrário de impostos pela Coroa, sem autorização do parlamento.

2 – Compareça aos protestos: o presidente Jair Bolsonaro teve 57 milhões de votos, no entanto, vimos que a aderência a protestos contra atos tirânicos, como a quarentena, vem caindo. Neste ano, por exemplo, os protestos seguiam firmes, mas depois que as torcidas organizadas entraram, a direita parece ter se amedrontado e parado de ir para as ruas. Será que não conseguimos colocar 1% das pessoas que votaram em Bolsonaro nas ruas? Estamos falando de 570 mil pessoas. Se houvesse 500 mil pessoas nas ruas, STF e Congresso não praticariam tantos abusos quanto vêm praticando.

3 – Ajude as mídias de direita: não é novidade nenhuma que a grande mídia, como Globo, Folha e Estadão, fazem um trabalho de manipulação, não de informação. O jornalismo tornou-se militante e o processo aparenta ser irreversível, então, ao invés de ler e compartilhar matérias desses jornais, leia e compartilhe matérias de jornais de direita. Já há vários exemplos que são ótimos, como Terça Livre, Gazeta Brasil, Brasil Paralelo, Vida Destra, Conexão Política, Crítica Nacional, Tribuna Nacional etc.

4 – Espalhe ideias: após a 2ª Guerra Mundial, um piloto inglês que não aguentava mais as políticas econômicas socialistas na Inglaterra, chegou para o economista liberal Friedrich Hayek e disse: “Hayek, eu vou montar um partido político e quero que você seja o candidato a primeiro ministro”. Hayek agradeceu e disse que de nada adiantaria, visto que as pessoas daquela época não conheciam as ideias de livre mercado e não sabiam que elas eram melhores que as ideias socialistas. Hayek então pediu para Fisher espalhar tais ideias, o que fez o piloto fundar o Institute of Economic Affairs (Instituto de Assuntos Econômicos), que tinha por objetivo disseminar o livre mercado nas mentes inglesas. E funcionou: nos bancos desse instituto sentou uma jovem mulher loira chamada Margaret Thatcher, que depois de alguns anos se tornou a primeira-ministra do Reino Unido, e consertou o país usando as ideias de Hayek. Inclusive, quando perguntaram a ela qual seria seu plano de governo, ela pegou o livro “Fundamentos da Liberdade”, do Hayek, e disse: “é esse”. Thatcher ficou conhecida como a premier que tirou o Reino Unido da crise e alavancou-o novamente à potência, no entanto, nada disso teria sido possível se no passado Fisher não tivesse disseminado as ideias de Hayek.

5 – Intelectualize-se: você já parou para pensar quem foi Karl Marx, e por quê ele estava errado? Ou, melhor, por que o comunismo não dá certo? Não é só porque foi tentado e destruiu os países onde foi implementado, mas sim porque é possível derivar de forma a priori que é impossível fazer o cálculo econômico (cálculo de custos) numa economia comunista. Muita gente da direita não sabe disso e não é vergonha nenhuma, visto que sequer fomos ensinados sobre isso na escola, já que economia não é uma matéria que estudamos nessa instituição (e mesmo que fosse, provavelmente seria pervertida, visto que a esquerda tem domínio na educação). Portanto, acompanhe canais de direita no YouTube, leia mais livros e busque saber cada vez mais. Ninguém precisa se tornar um intelectual, não, mas se cada brasileiro entendesse um pouco mais das questões políticas que estamos vivendo hoje, esquerda, centrão e STF deixariam de ser ameaças.

6 – Preste concurso público: a esquerda tem domínio em órgãos públicos e hegemonia nas universidades, então, se nada fizermos, esses domínios vão apenas crescer e destruir o país, visto que são das universidades que saem a maioria das ideias que norteiam o pensamento político de um país. Então, preste vestibulares para universidades públicas para o curso que você sempre sonhou em fazer, não caia na afirmação “universidade pública só tem esquerdista” porque, apesar de a maioria nessas instituições de fato serem de esquerda, há uma minoria de direita e essa minoria, se não tiver voz ativa crescendo, corre o risco de sumir, dando completo domínio desses órgãos, bem mais do que já têm. Além disso, estude e preste concurso público para cargos também. Você já parou para pensar que se parte da polícia fosse de fato conservadora não haveriam as violações de direitos de liberdade e propriedade perpetuada pelos governadores? Já parou para pensar que um técnico judiciário do TSE, sendo de direita, faria de tudo para que as eleições não fossem fraudadas? Pois bem.

7 – Cobre mais seus deputados: em 2018, elegemos muitos parlamentares que se diziam de direita, no entanto, muitos deles só sabem subir hashtags no Twitter, inclusive ficaram conhecidos como “deputags”. O resultado vimos nas eleições de 2020: a direita teve um desempenho aquém do esperado e perdemos espaço, ao passo que partidos que nos ferraram o ano inteiro, como o PSDB e DEM, tiveram um desempenho melhor que o nosso. Um deputado custa mais de 100 mil reais por mês e se ele está lá, com todos os seus privilégios, como imunidade parlamentar, ele pode fazer coisas que mudam a nossa realidade.

8 – Cuidado com fake news e teorias da conspiração: a desinformação não é novidade nenhuma, no entanto, muitos conservadores ainda caem em notícias falsas e teorias da conspiração. Quando receber alguma informação que parece muito alarmista, procure em buscadores como o Google ou Duck Duck Go, para ver se é verdade. Cheque fontes oficiais, como sites do governo, para ver se aquilo tem respaldo, além, claro, de jornais confiáveis, como Gazeta do Povo, Gazeta Brasil e etc. A desinformação atrapalha a luta conservadora e precisa ser combatida com atitudes que partem de nós mesmos pois, se ela continuar, cada vez mais “ministérios da verdade”, como as agências de “checagem de fatos independentes”, aparecerão para manipular a verdade.

9 – Foque no que temos em comum: dentro da direita há diversas linhas de pensamentos divergentes, o que não é de todo ruim, pois isso evidencia que, diferente da esquerda, o povo de direita sabe pensar e questionar. No entanto, apesar de discordarmos em muitos pontos, a maioria dos nossos objetivos são os mesmos. Assim, temos que parar de ver os 10% de diferença que temos com nossos colegas patriotas, e focar nos 90% que temos em comum. A esquerda já faz isso há décadas e está anos-luz à nossa frente.

10 – Fale de conservadorismo e liberalismo: a maioria da população brasileira segue o pensamento liberal-conservador, mas sequer sabem disso. Querer preservar a instituição da família é uma ideia conservadora, e querer abrir uma empresa sem burocracias é uma ideia liberal. Então, comece a disseminar mais estas ideias: o conservadorismo é o norte filosófico/moral que foi a chave para que grandes nações permanecessem de pé, como os EUA, e o liberalismo econômico (o liberalismo econômico de fato, não este negócio que MBL e partido “Novo” defendem) é a chave para fazer a economia crescer. Uma vez que espalhamos essas ideias, lutamos na guerra cultural de forma silenciosa e avançamos um pouco rumo à vitória.

Estes são alguns pontos que devemos melhorar em 2021 para alcançarmos nosso objetivo de endireitar o Brasil. Dentre eles, espalhar ideias talvez seja o mais importante, pois nada entra na política de um país sem antes passar pela cultura. O nazismo, por exemplo, não apareceu do nada na Alemanha, antes dele já havia uma tradição antissemita na Europa inteira, o caso é que um louco como Hitler acatou tais ideias e resolveu implementá-las. Temos que fazer o mesmo no Brasil, disseminando as boas ideias e repudiando as más, como nazismo, socialismo, comunismo e demais ideologias vermelhas que, embora sejam destrutivas, ainda têm quem as defenda.

Vinicius Mariano, para Vida Destra, 21/12/2020

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