A crise no tucanato paulista, entre o governador e o prefeito da capital, mostra João Doria se comportando como o presidente Jair Bolsonaro, seu adversário. Ele repreendeu Bruno Covas pela decisão de antecipar feriados sem prévia consulta, como se o prefeito fosse um auxiliar. O temor é que isso provoque aglomerações no litoral. Doria age como Bolsonaro, que reclama de governadores como Ibaneis Rocha (MDB), do DF, que decretou toque de recolher sem pedir licença ao Planalto. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Doria disse que falta “bom senso” ao prefeito, antecipando meia dúzia de feriados. Covas deu o troco: “o senso que falta é o senso de urgência”.
Com senso de urgência aguçado na luta contra o câncer, Covas ironizou o governador: “Aqui na prefeitura tem menos falação e foco no trabalho”.
A briga entre governador e prefeito de São Paulo confirma o velho adágio segundo o qual “faça o que eu digo, não o que faço”.