Igrejas alemãs abençoam uniões gays apesar da proibição do Vaticano: Católicos progressistas do país estão desafiando abertamente a Santa Sé!

Os católicos progressistas da Alemanha estão desafiando abertamente o Vaticano, que em março afirmou que padres não podem abençoar uniões do mesmo sexo, oferecendo as bênçãos em cultos em cerca de 100 igrejas de todo o país.

As bênçãos nos cultos abertos são a última resistência dos católicos alemães contra o documento do escritório ortodoxo do Vaticano, a Congregação para a Doutrina da Fé.

O documento diz que o clero católico não pode abençoar uniões do mesmo sexo porque Deus “não pode abençoar o pecado” e que, se isso acontecer, elas não são oficiais. Segundo a Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco aprovou o posicionamento.

O vigário Wolfgang Rothe abençoa um casal de dois homens na Igreja de São Bento em Munique, na Alemanha, no domingo (9) — Foto: Felix Hoerhager/dpa via AP

Em Berlim, o reverendo Jan Korditschke, um jesuíta que trabalha para a diocese preparando adultos para o batismo e ajuda na congregação de St. Canisius, conduzirá bênçãos para casais gays em um culto de adoração no domingo (16)

“Estou convencido de que a orientação homossexual não é ruim, nem é o amor homossexual um pecado”, afirmou Korditschke à agência de notícias Associated Press.

“Eu quero celebrar o amor dos homossexuais com essas bênçãos porque o amor dos homossexuais é algo bom”.

O padre jesuíta Jan Korditschke, que liderará as bênçãos para casais do mesmo sexo em Berlim, capital da Alemanha, posa para foto na Igreja St. Canisius — Foto: Michael Sohn/AP
O padre jesuíta Jan Korditschke, que liderará as bênçãos para casais do mesmo sexo em Berlim, capital da Alemanha, posa para foto na Igreja St. Canisius — Foto: Michael Sohn/AP

Korditschke, que tem 44 anos, disse que é importante que os homossexuais possam se mostrar dentro da Igreja Católica e que não teme a possível repercussão no Vaticano.

“Eu defendo o que estou fazendo, embora seja doloroso para mim não poder fazer isso em sintonia com a liderança da igreja”, disse Korditschke. “A homofobia de minha igreja me deixa com raiva e tenho vergonha disso”.

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