Em CPI, Léo Pinheiro confirma que propina superou R$ 20 milhões na gestão do petista Luiz Marinho

Ex-mandatário da empresa, alvo da Operação Lava Jato, prestou oitiva nesta segunda-feira para a CPI, que apura pagamentos indevidos no vínculo entre a Prefeitura de São Bernardo na administração petista e a empreiteira.

Ex-presidente Léo Pinheiro afirmou nesta segunda-feira (17/05) afirmou ter conhecimento de pagamentos indevidos e que o valor pago em propinas para agentes públicos, durante a gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT, entre 2009 e 2016), superou os R$ 20 milhões, além de confirma irregularidade no processo de licitação da obra do Piscinão Paço. Este montante havia sido mencionado pelo ex-superintendente José Ricardo Nogueira Breghirolli na oitiva da semana passada à CPI.

Convocado como testemunha na CPI OAS da Câmara de São Bernardo, Léo Pinheiro respondeu aos questionamentos dos parlamentares por aproximadamente duas horas e meia, por reunião virtual, realizada no plenário do Parlamento municipal.

O município de São Bernardo, onde a OAS executava obras, onde tinha conhecimento havia pagamento de vantagens indevidas, porque tínhamos essa informação que chegava pelo vice-presidente da empresa. Que houve, eu tenho certeza que houve, mas a periodicidade e a quem está vinculado, estão em detalhes com outros departamentos”, destacou o ex-presidente da empresa, citando que a empreiteira tinha um nível hierárquico, separado em cinco setores, onde os diretores de cada região eram responsáveis por pagamentos e interlocução com agentes públicos.

Citou os nomes dos ex-diretores César Mata Pires Filho, Carlos Henrique Lemos e Marcel Vieira, estes dois últimos já convocados pela CPI, como operadores do esquema na cidade de São Bernardo. Além disso, mencionou o nome do ex-diretor financeiro Mateus Coutinho.

EXPLICÍTO – Léo Pinheiro detalhou como funcionava a destinação de recursos dentro da OAS. “As pessoas que pagavam dinheiro na controladoria da empresa tinham a obrigação de informar a destinação e esse dinheiro não podia ser destinado em nada que não fosse de pagamento de vantagem indevida”, discorreu o ex-mandatário da OAS.

A oitiva de Léo Pinheiro, endossa as palavras proferidas pelo ex-superintendente administrativo da empreiteira OAS, José Ricardo Nogueira Breghirolli, no último dia 04/05, que detalhou o sobre a separação de recursos indevidos para as obras contratadas durante a Administração de Luiz Marinho no comando do Paço de São Bernardo.

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