PARABÉNS, MENINAS! Com medalhas, feitos inéditos e pioneirismo, mulheres do Brasil se destacaram nas Olimpíadas de Tóquio

Rebeca Andrade conquistou o primeiro ouro da ginástica nacional, Ana Marcela Cunha fez história na maratona aquática e Rayssa Leal se tornou atleta mais jovem do país a ir ao pódio

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram das mulheres brasileiras. Dos 302 atletas da delegação que viajaram ao Japão, 140 eram mulheres. Com quase 50% de participação total, elas mostraram que chegaram para ficar e deixar sua marca na história. Dos sete ouros conquistados pelo Brasil nas Olimpíadas, três vieram de mulheres: a ginasta Rebeca Andrade, a nadadora Ana Marcela Cunha e a dupla da vela Martine Grael e Kahena Kunze.

A primeira, de apenas 22 anos, ganhou o primeiro ouro da história da ginástica artística do país na competição de salto — além de também levar uma medalha de prata no individual geral. Rebeca se consagrou como maior nome feminino da delegação verde-amarela e, por isso, será a porta-bandeira da cerimônia de encerramento. Martine e Kahena se tornaram bicampeãs olímpicas na classe 49er FX da vela. “Estávamos com um pouco mais de pressão porque éramos as atuais campeãs. Não era uma Olimpíada em casa.

Rio-2016 marcou a estreia da classe nos Jogos, e ainda foi na nossa área. Mas a gente soube lidar com tudo isso”, celebrou Kunze. Já Ana Marcela subiu ao lugar mais alto do pódio na maratona aquática após nadar ininterruptamente por 1 hora e 59 minutos. Foi o primeiro ouro da natação feminina do Brasil em uma edição dos Jogos Olímpicos.

Mas não foi só da parte mais alta do pódio que elas fizeram história. Rayssa Leal, a atleta mais jovem da história do Brasil a participar das Olimpíadas, conquistou a medalha de prata no skate street. A modalidade estreou no quadro olímpico em Tóquio e conquistou fãs no país (no Instagram, a vice-campeã chegou a 6,7 milhões de seguidores). No boxe, Bia Ferreira teve o melhor desempenho feminino na história ao ficar com a prata na categoria peso leve, de até 60 kg. E a seleção brasileira de vôlei, que chegou desacreditada à Tóquio, foi até a final e levou a prata para casa. Entre as medalhas de bronze, uma rainha apareceu.

A judoca Mayra Aguiar se tornou a primeira mulher brasileira a subir três vezes ao pódio olímpico em três edições diferentes (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, todos para bronze). Ela também foi a única representante feminina do país a levar uma medalha no judô nesta edição dos Jogos. Laura Pigossi Luisa Stefani também deixaram marca. Chamadas de última hora para competir no tênis de duplas, as brasileiras fizeram uma partida histórica contra as russas Vesnina e Kudermetova para ficar com o terceiro lugar. O bronze da dupla superou o quarto lugar de Fernando Meligeni em Atlanta 1996 como melhor resultado do Brasil na modalidade.

JOVEM PAN

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