O Partido dos Trabalhadores (PT) indicou 7 dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Exceto Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, que foram escolhidos respectivamente por Jair Bolsonaro e pelos ex-presidentes Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, todos os outros magistrados são heranças da era petista. Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli foram indicados por Lula. Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin por Dilma Rousseff.
Não é apenas na Suprema Corte que o domínio petista prevalece. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por uniformizar a interpretação das leis em todo o país, 26 dos 31 juízes foram indicados pelo PT, sendo 11 por Lula e 15 por Dilma. O tucano Fernando Henrique escolheu outros 5 nomes, e duas cadeiras estão vagas desde as aposentadorias dos ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Nefi Cordeiro. Caberá a Bolsonaro escolher os substitutos.
Aqui, a lista completa dos indicados ao STF e ao STJ.
A sabatina de Mendonça
A aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello também deixou uma vaga aberta na Suprema Corte. Para ocupar o espaço, Bolsonaro indicou em 12 de julho deste ano o ex-ministro da Justiça André Mendonça, que também atuou como advogado-geral da União. Mais de 100 dias depois, sua sabatina no Senado jamais foi marcada.
Conforme noticiou Oeste, 16 dos 27 membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa querem que o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), defina uma data para a sabatina de Mendonça. No entanto, o parlamentar afirma que o postulante ao STF será avaliado apenas quando houver “amadurecimento político”.
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