Acabou a mamata da lei Rouanet: Artistas de esquerda vão a OEA para criticar Bolsonaro

Wagner Moura gera polêmica após publicação de foto comendo camarão em  evento do MTST - ISTOÉ Independente

Os cantores Caetano Veloso e Daniela Mercury e o ator Wagner Moura manifestaram preocupação sobre o tratamento do governo federal à cultura em uma audiência pública da OEA (Organização dos Estados Americanos). No encontro “Situação dos direitos culturais e à liberdade de expressão” nesta 3ª feira (14.dez.2021), listaram 170 trabalhos “censurados” desde 2017.

A pauta foi discutida pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) a pedido do Mobile (Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística). Os artistas pediram uma postura da OEA sobre o levantamento feito pelo movimento.

Na audiência, Wagner Moura falou que o filme “Marighella”, dirigido por ele, “foi vítima de censura por parte do governo federal” por se tratar da “história de um homem que dedicou a sua vida a luta contra a ditadura militar, ditadura essa venerada pelo presidente Bolsonaro”.

Ainda segundo o ator e diretor, a Ancine (Agência Nacional de Cinema) negou 2 pedidos feitos pela produtora do filme, a O2, em 2019, 1º ano do governo Bolsonaro. “Era uma época em que o presidente falava abertamente sobre uma filtragem na agência”, disse.

“É triste que estamos tendo que falar sobre censura em 2021, mas ao mesmo o tempo é importante que esses casos estejam sendo ouvidos”, disse Caetano Veloso.

Poder 360

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