Governo da Austrália diz que Djokovic não é ‘prisioneiro’

MELBOURNE, 7 JAN (ANSA) – Em meio a acusações da família do tenista Novak Djokovic, a ministra do Interior da Austrália, Karen Andrews, afirmou nesta sexta-feira (7) que o atleta sérvio não é um “prisioneiro”, pois pode deixar o país quando bem entender.

“Djokovic não está preso na Austrália, ele é livre para deixar o pais a qualquer hora que quiser, coisa que as autoridades de fronteira iria facilitar”, disse a política em uma entrevista à emissora “ABC”.

A postura das autoridades australianas não foi bem vista, principalmente em solo sérvio, tanto que a cidade de Belgrado foi palco de uma manifestação em apoio ao tenista número 1 do mundo. Entre as centenas de pessoas que participaram do ato estavam alguns membros da família do atleta.

Dijana, mãe de Djokovic, afirmou que o seu filho está sendo tratado como um “prisioneiro”. Já o pai do multicampeão, Srdjan, comentou que o tenista foi “preso” e “humilhado” pelo governo australiano.

“O governo australiano quis humilhá-lo, ele foi preso e tudo foi tirado dele, inclusive sua carteira. Eles o deixaram sem nada, nem mesmo uma muda de roupa, apenas o telefone. O nosso orgulho é prisioneiro desses idiotas”, disse o pai do tenista.

Já em Melbourne, centenas de fãs se reuniram na frente do hotel onde Djokovic está hospedado para protestar contra o tratamento dado ao atual tricampeão do Aberto da Austrália. O tenista, por sua vez, apareceu na janela mandando beijos e fazendo o gesto do coração com as mãos.

Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia, afirmou que Djokovic foi alvo de uma “perseguição política”. Já a primeira-ministra do país, Ana Brnabic, teria aconselhado o tenista a deixar o hotel e ir para uma casa alugada, onde poderia se preparar para a competição.

Últimas Notícias