Rapidinhas baiana: PT não respeita o “bonitão” e coloca PP no colo de ACM Neto

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Vai, Jerônimo

O curioso nessa disputa que se realiza nos bastidores é que, há alguns meses, Rui Costa havia endereçado um recado ao seu secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, para que ele não se movimentasse politicamente, mas agisse de forma técnica. “Agora, no final do jogo, liberou Jerônimo para se movimentar”, observou um petista. Outra dificuldade para a escolha de Jerônimo é justamente o fato dele ser secretário da Educação, área em que o governo petista vai mal das pernas devido aos baixos índices nacionais. “É a melhor vidraça que o PT poderá escolher”, comentou à coluna um animado oposicionista de alto escalão.

Vergonha maior

Também não faltaram comparações entre a desistência de ACM Neto de concorrer ao governo em 2018 e o que acontece na base governista agora. “A vergonha deles é maior que a nossa. Em 2018, Neto de fato fugiu para não concorrer com Rui Costa, deixando aliados irritados e na mão, mas agora, do lado deles, do governo, foram duas desistências, a de Wagner e a do senador Otto Alencar (PSD), que morrem de medo de enfrentar o ex-prefeito e não querem ir para a cabeça de chapa”, afirmou à coluna um parlamentar da oposição.

Cidadania

O Cidadania anunciou com pompa, no sábado (5), o apoio da sigla à pré-candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo. O partido está fortalecido na Bahia após a federação com o PSDB e, junto com os tucanos, pretende eleger uma bancada com pelo menos três federais baianos. Entre eles, a conta é que o atual deputado Adolfo Viana, presidente do tucanato no estado, será reeleito. O vereador de Salvador Joceval Rodrigues, presidente estadual do Cidadania, também é cotado para uma das vagas. A escolha da chapa de candidatos a federal está sendo costurada com sintonia fina entre os dois.

“Me ajude”

Durante a posse da procuradora-geral de Justiça da Bahia, Norma Angélica Cavalcanti, na última sexta-feira (4), chamou a atenção o pedido do presidente da Associação do Ministério Público do Estado da Bahia, Adriano Assis, iniciado com um “me ajude”. O promotor queria dizer a Norma que as reivindicações apresentadas em nome do MP baiano representavam anseios de toda a categoria. O governador Rui Costa gostou do “me ajude” e também usou a expressão para pedir à procuradora-geral que orientasse os membros da instituição para avaliar se suas ações atenderiam ao “bem comum” da sociedade. O petista enfrenta a oposição da entidade, por exemplo, sobre o leilão do Palácio Rio Branco, antiga sede do governo baiano.

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