Zambelli questiona urnas eletrônicas e fala em ‘receio’ de fraude nas eleições: ‘Existe um risco’

Deputada federal pelo Partido Liberal (PL), Carla Zambelli é uma bolsonarista raiz. Ou melhor, uma bolsonarista de fé. Ao lado do presidente  Jair Bolsonaro (PL), ela participa de manifestações, viagens a Estados brasileiros, visitas a postos de gasolina, missas e outros eventos religiosos, como a Marcha para Jesus em São Paulo, realizada em 9 de julho. “Estamos por ele, Bolsonaro e por uma pátria cujo Deus é o senhor”, escreveu a parlamentar em uma publicação nas redes sociais. Com essa mesma fé, ela confia na reeleição do mandatário, que disputa a corrida ao Palácio do Planalto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas e principal oponente do bolsonarismo. “A gente confia que Deus está em primeira mão para a gente”, disse Zambelli em entrevista à Jovem Pan, reafirmando contínuo apoio ao governo. Tempos atrás, as redes sociais mostravam a proximidade – inequívoca – da deputada ao ex-juiz Sergio Moro, seu padrinho de casamento e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, de quem, agora, Carla quer distância. “Sempre que sofro uma decepção, peço nas minhas orações que Deus que mantenha o meu coração leve, amoroso e confiante nas pessoas. Não quero perder a confiança em ninguém porque alguém me traiu”, exalta. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Há poucos dias o Congresso aprovou a PEC das Bondades, que prevê um pacote social de R$ 41,25 bilhões. Mesmo com amplo apoio, parte dos parlamentares falam em ação eleitoreira ou até compra de votos, uma vez que os benefícios tem validade apenas até dezembro. Como você enxerga essa avaliação? Existe um problema acontecendo com o Brasil: os governadores e prefeitos se preocuparam pouco com economia e muitas pessoas sofreram as consequências do “fecha tudo”. Além disso, a gente tem uma guerra em andamento que aumentou o preço de muita coisa. O Brasil está conseguindo controlar a inflação mais do que os outros países, mas as pessoas sentiram o aumento, então precisamos oferecer algum conforto para os vulneráveis. Na pandemia, em 2020 e 2021 [com o auxílio emergencial] não era ano de eleição, então não se falou em nada eleitoreiro. Se fosse, eles não teriam votado a favor. É só uma forma de criticar o presidente. Claro, pode ser algo positivo para a eleição, mas isso foi feito antes e será feito depois. O presidente disse que se possível for ele vai manter os benefícios no ano que vem, se for preciso.

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