EXEMPLO PARA OS VIZINHOS: Bolivianos reagem à prisão de Governador opositor do líder da esquerda Evo Morales

Ex-presidenta Jeanine Áñez, membros de seu gabinete de ministros e a cúpula das Forças Armadas da época estão presos desde março de 2021

Após a prisão do governador de Santa Cruz, Luiz Fernando Camacho, ocorrida na quarta-feira 28, centenas de pessoas bloquearam aeroporto local, Viru Viru, para impedir sua transferência para La Paz, onde fica o governo e a sede administrativa do país.

Os manifestantes invadiram as pistas do aeroporto e tentaram impedir a decolagem de uma aeronave em que estava o governador.

O político é investigado por organizar protestos que levaram à renúncia de Evo Morales, em 2019. E é a principal oposição ao Governo Bolivariano e ao partido MAS.

Milhares de pessoas saíram às ruas exigindo a soltura do governador. Os manifestantes atearam fogo no prédio da procuradoria de Santa Cruz. O aeroporto e as rodovias também foram bloqueados.

A Prisão

A polícia da Bolívia prendeu o governador do Departamento de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, na quarta-feira 28. Santa Cruz é o estado mais rico do país.

“Informamos ao povo boliviano que a polícia boliviana cumpriu o mandado de prisão contra o senhor Luis Fernando Camacho”, disse o ministro do governo (Interior), Eduardo del Castillo, em sua conta naquela rede social, sem dar mais detalhes.

Até o momento, não se conhecem as acusações pelas quais foi preso o líder da oposição, que enfrenta denúncias no caso denominado “Golpe de Estado”, ligado à crise política de 2019 que levou à saída do país do então presidente Evo Morales.

Quatro meses depois, Camacho concorreu a presidente da Bolívia, mas terminou em terceiro lugar na disputa presidencial.

Ex presidente presa

A ex-presidenta interina Jeanine Áñez, membros de seu gabinete de ministros e a cúpula das Forças Armadas da época estão presos desde março de 2021, acusados de sedição (insurreição ou incitação à revolta) e terrorismo pelos fatos que em novembro de 2019 culminaram na saída antecipada de Evo Morales do poder e sua fuga em novembro de 2019.

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