Marcola gastou ‘poupança’ de R$ 60 milhões para bancar próprio resgate

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, enviou R$ 60 milhões para integrantes do
PCC nas ruas executarem o resgate dele na prisão. Segundo o promotor de Justiça
Lincoln Gakiya, o plano é financiado pelos irmãos Camacho —não pelos cofres da
organização. E continua em curso.
O que aconteceu
Marcola e o irmão Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior liberaram R$
60 milhões para que integrantes da facção nas ruas providenciassem o resgate
do líder do PCC. Marcola está preso no presídio federal de Brasília.
O dinheiro vem do tráfico de drogas. Segundo as investigações, Marcola chega a
faturar R$ 5 milhões por semana com negócios particulares.
A suspeita é que os integrantes do PCC tenham contratado quadrilhas de
roubo a banco para a operação. Os grupos escolhidos têm experiência em
planejamento e logística de ações aos moldes do “domínio de cidades” ou “novo
cangaço”.
O encarregado pelo resgate de Marcola seria Devanir de Lima Moreira, o
Deva. Ele é apontado como o responsável pelo PCC em ações na Bolívia e esteve
com o líder da facção no presídio de Presidente Venceslau em 2006.
Deva foi condenado a 21 anos de prisão por formação de quadrilha e
envolvimento em três roubos. As ações envolvem ataques contra joalherias e
agências bancárias. Ele está foragido.
Acreditamos que [os R$ 60 milhões seriam usados] para pagar as cinco
equipes de roubo a banco do tipo ‘novo cangaço’ que participariam da ação

UOL

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