Sob liderança do ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL/RN), 42 senadores
protocolaram pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para visitar o delegado e ex-secretário de
Segurança Pública do Governo do DF, Anderson Torres.
No documento enviado à Corte, os congressistas afirmam que a intenção é avaliar as condições de saúde do
detento.

“Trata-se do ofício encaminhado pelo senador Rogério Marinho e outros, por meio do qual
requerem ‘(p)or razões humanitárias, considerando o decurso de 65 dias da reclusão do
investigado (Anderson Torres) sem que tenha recebido visitas, solicitamos que Vossa Excelência
considere deferir o presente pedido”, diz trecho do documento.

O ex-Ministro da Justiça está preso há mais de três meses, quando foi acusado de envolvimento nos atos de 8
de janeiro, que acabaram na depredação dos Palácios dos Três Poderes

Apesar do crime imputado a autoridades e de mais de 1.300 presos, o governo do ex-presidiário Lula (PT), se
recusou a ceder imagens e a investigar o caso a fundo, resistindo até onde foi possível à instalação de uma
CPMI.
Mas o cenário mudou e se tornou insustentável quando a emissora CNN Brasil divulgou imagens com vários
integrantes da atual gestão permitindo a entrada de manifestantes nos locais; apontando até mesmo para a
suspeita de uma ‘armação’.
Torres sempre alegou estar preso injustamente e, nos últimos meses, perdeu mais de 10 quilos e encontra-se
diagnosticado por uma psiquiatra do Estado em quadro de depressão grave.
Pelo risco que corre de atentar contra a própria vida, a defesa do delegado solicitou a soltura dele, mas o
ministro Luis Roberto Barros indeferiu o pedido nesta sexta-feira (28).
Por ser um delegado federal, Torres está detido no batalhão de Polícia Militar na região administrativa do
Guará em prisão preventiva, ou seja, sem prazo para terminar.
O documento foi encaminhado a Alexandre de Moraes que, decidiu, monocraticamente, que todos os pedidos
para visita de presos em virtude ao 8 de janeiro sejam dirigidos a ele.