União Brasil, MDB, PSD e PSB deram 98 dos 283 votos da aprovação da proposta que estabelece marco temporal para demarcação de terras indígenas

A derrota do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na votação do PL do Marco Temporal, nesta terça-feira, 30, foi sacramentada com votos de deputados que pertencem a partidos da base do governo. Membros das bancadas de MDB, PSD, PSB e União Brasil deram 98 dos 283 votos que aprovaram o projeto de lei 490/2007, o equivalente a um terço. A aprovação do projeto significa derrota à agenda ambiental do Executivo.

Só 29 deputados desses quatro partidos votaram com o Palácio do Planalto. Ao todo, 155 deputados foram contra a proposta. O retrato da votação mostra que, embora as quatro legendas tenham, cada uma, três ministérios na Esplanada, mais uma vez os espaços no Executivo não significam fidelidade ao governo de Lula.

Apesar de ter recomendado o voto contrário ao projeto, o deputado José Guimarães (PT-CE) disse que se manifestava “respeitando aqueles que são do governo e votam a favor”.

Dos 30 votos do MDB, 22 foram a favor do projeto e contra o governo. No PSD, 25 com o projeto, oito contrários e uma abstenção. Dos 50 votos depositados por deputados do União Brasil, só dois foram como queria o governo. O PSB foi a sigla que deu mais votos com o governo do que contra, 12 contra o projeto e três a favor.

O texto do projeto foi aprovado na noite desta terça-feira, 30, na Câmara dos Deputados por 283 votos favoráveis e 155 contrários. Houve apenas uma abstenção