Com saída de Salles, Prefeito,Nunes vira bolsonarista da vez em São Paulo; leia análise

A desistência anunciada do deputado federal Ricardo Salles (PL) em concorrer à Prefeitura de São Paulo fez do prefeito Ricardo Nunes (MDB) o bolsonarista da vez, mas a distância das urnas e as dúvidas sobre sua viabilidade eleitoral ainda tornam sua corrida pela reeleição um caminho cheio de obstáculos.

A saída, ao menos momentânea, do ex-ministro do Meio Ambiente dá fôlego ao emedebista, já que Salles tem usado as redes sociais sem trégua para atacar sua gestão. Por outro lado, em sua ausência, nomes mais moderados da direita podem se apresentar como opção e com o carimbo de “bolsonarista raiz”. O último a ser citado foi o senador Marcos Pontes (PL), lembrado por Valdemar Costa Neto como um “bom nome”.

O presidente nacional do PL tem circulado com o o ex-astronauta pelo Estado. Na sexta, 2, por exemplo, o senador acompanhou Valdemar em agendas na capital e em Mogi das Cruzes, cidade natal do dirigente localizada na Grande São Paulo. Nesta segunda, 5, os dois também estiveram juntos em evento de inauguração do Diretório Regional do PL em São José do Rio Preto, primeiro escritório da legenda no interior paulista.

Foi lá que Valdemar deixou claras suas intenções. “Temos de analisar o cenário eleitoral. Conseguimos eleger o governador de São Paulo, Pontes é um bom nome”, afirmou. A políticos locais, assegurou ainda que a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro no partido e nos palanques, em 2024, vai trazer votos a candidatos aliados. “Quem não vier para o PL vai se arrepender. O Bolsonaro transfere 30% dos votos, isso está provado e comprovado. O Tarcísio (de Freitas) não morava nem em São Paulo, hoje mora no Palácio dos Bandeirantes.”

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“Inauguramos hoje, dia 5 de junho, o diretório regional do Partido Liberal em São José do Rio Preto.

Com a presença do coordenador do partido, o vereador licenciado Fábio Marcondes, do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto e do senador astronauta Marcos Pontes, o Partido Liberal se consolida como uma força política de extrema importância para a região e para o estado de São Paulo.

O Diretório do Partido Liberal foi um espaço pensado para fortalecer a atuação política do partido na região, será um centro de articulação, diálogo e projetos em prol do desenvolvimento do Brasil. Com essa inauguração, o PL reafirma seu compromisso em promover uma política de valorização dos cidadãos e de transformação social.”

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O apoio a Nunes pode depender, portanto, de sua filiação ao PL. Uma recusa nesse sentido pode não apenas acelerar a escolha de um quadro caseiro, como Pontes, ou mesmo abrir a disputa para quem está aparentemente fora dela. É o caso, por exemplo, do ex-governador Rodrigo Garcia, de saída do PSDB. Ambos apoiaram a tentativa de reeleição de Bolsonaro, diferentemente de Nunes, que não se posicionou de forma clara.
estadao
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