Exército acompanha operação da PF; cerco à família Cid amplia mal-estar

A operação de hoje da Polícia Federal, que cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid, mobilizou o Exército na manhã desta sexta-feira (11).

Segundo apurou a coluna, equipes jurídicas e de relações institucionais do Exército foram deslocadas para acompanhar os desdobramentos da operação.

De acordo com um general ouvido pela coluna, há um apoio institucional e também para a família dos militares. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde maio numa unidade militar, em Brasília.

O general Cid, hoje na reserva, foi colega de Bolsonaro na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), nos anos 1970, e é um militar que tem o respeito dos pares. Segundo colegas de patente, o general estava muito abalado desde a prisão do filho e era uma visita frequente no batalhão em que o tenente-coronel está preso.

Cautela nas investigações

Integrantes da cúpula do Exército admitem que o episódio amplia o desgaste para as Forças Armadas, que desde o governo de Bolsonaro aparecem “enroladas” em questões que não dizem respeito diretamente ao trabalho militar.

Apesar disso, a ordem até o momento na caserna é evitar posicionamentos públicos, já que alegam que é preciso entender melhor as investigações e os desdobramentos dela.

Militares admitem o mal-estar com as suspeitas de desvios de joias e outros bens obtidos por Cid em viagens oficiais no governo Bolsonaro, mas ressaltam que é preciso “aguardar mais informações”.

uol

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