Deltan critica relatório do CNJ sobre Lava Jato: “Sem base em evidências”

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Deltan Dallagnol (foto) usou as redes sociais para criticar a correição da vara da Lava Jato no Paraná, a 13ª Vara Federal em Curitiba. Em publicação no X, o antigo Twitter, o ex-procurador convidou o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, para um “debate aberto sobre todos os pontos do seu relatório.

Será uma oportunidade relevante para informar a sociedade sobre os questionamentos especulativos lançados no relatório, sem base em evidências, que apontariam ‘possíveis irregularidades’”, escreveu Deltan. 

A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o relatório parcial da correição extraordinária, determinada ainda em maio.

“Seria importante que o ministro esclarecesse, nesse ínterim, em quais outros casos sigilosos ele também buscou dar a mesma ‘transparência’, quais as regras legais foram violadas por quais fatos comprovados, ou então que desde logo reconhecesse que não há nada para além de uma intenção revisionista de, por meio de interpretações alternativas de regras legais, forçar a barra para criar ou reforçar narrativas de que haveria irregularidades”, acrescentou o ex-procurador. 

O relatório parcial do CNJ fala em possível conluio envolvendo diversos operadores do sistema de Justiça” e “gestão caótica no controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o MPF [Ministério Público Federal]”.

Para Deltan, a alegação de que houve conluio ou triangulação “é exemplo do revisionismo”, que ele classificou como especulação. 

“Nós não podemos ter um país em que os ventos políticos de vingança soprem dentro das instituições judiciais, do contrário, nossa Justiça representará o valor da justiça apenas no seu nome”, escreveu Deltan.

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