Como a violência na Bahia explodiu em 17 anos de PT e virou um problema político para Lula

Como a violência na Bahia explodiu em 17 anos de PT e virou um problema político para Lula

A resposta, segundo especialistas, foi equivocada, pautada por um método de enfrentamento armado que fracassou em outros Estados, como o Rio de Janeiro. Como consequência, a Bahia se consolidou como o estado que registra mais homicídios por ano, em números absolutos.

Conhecida por ser uma espécie de capital nacional do espírito festivo, Salvador tem experimentado um clima bem diferente, com moradores da cidade e da região metropolitana acuados em meio a uma das maiores ondas de violência da história do estado, provocada por conflitos entre facções criminosas na disputa por nacos do território. O clima de terror mudou completamente a rotina por lá.

Aulas foram suspensas em escolas e universidades devido aos constantes tiroteios entre os bandidos. Estabelecimentos comerciais e unidades de serviços básicos, por sua vez, são obrigados a fechar as portas em meio a toques de recolher. Comunidades ficam sitiadas e os moradores que podem batem em retirada.

Além de não inibir até aqui a ação dos bandidos, a tentativa de reação das forças estaduais só fez aumentar o grau de violência nas ruas. Até quinta 7, a PM havia matado dez pessoas em conflitos com as facções, o que contribuiu para aumentar a (má) fama da polícia local. Dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam o estado como o líder em letalidade policial, com 23% de todas as mortes cometidas por policiais. Assim, não chega a ser surpreendente o fato de a Bahia ter o município mais violento do país, Jequié, onde a taxa de assassinato por 100 000 habitantes é de 88,8, mais que o triplo da média nacional.

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