Um relatório interno da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, aponta para uma grave falha de segurança: cerca de 160 câmeras de vigilância apresentam defeitos ou baixa qualidade de imagem desde janeiro de 2023. Este documento, que veio à tona neste domingo (18), expondo as deficiências que podem ter facilitado a primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal desde sua inauguração em 2006.
O sistema de monitoramento da instalação opera muito abaixo de sua capacidade ideal. “Devido a inúmeros problemas de funcionamento, dentre os quais destacam-se 160 câmeras inoperantes ou com qualidade ruim”, destaca um trecho do relatório. Esta situação compromete severamente a capacidade de vigilância da penitenciária, deixando “muitos pontos cegos sem monitoramento”, incluindo áreas críticas como alas, pátios, corredores e perímetros externos.
A falha no sistema de câmeras, persistente desde o início de 2023, limitou a visibilidade dos agentes sobre a fuga de dois detentos na madrugada de quarta-feira (14), dificultando as investigações subsequentes. Além das câmeras, o documento cita outros equipamentos de segurança defeituosos, incluindo sistemas de comunicação, aumentando as preocupações sobre a integridade da segurança na penitenciária.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, até o momento, não se pronunciou sobre as descobertas e implicações do relatório. Este incidente ressalta a necessidade urgente de revisão e melhoria nas infraestruturas de segurança das instalações penitenciárias federais, visando prevenir futuras ocorrências e garantir a segurança pública.