Senado banca apartamento para ministros de Lula

O Senado banca a moradia de quatro ministros de Lula (PT) que se licenciaram, mas mantêm a regalia. Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Carlos Fávaro (Agricultura), Renan Filho (Transportes) e Camilo Santana (Educação) ocupam belos cargos no executivo federal, mas não largaram o osso e continuam nos espaçosos apartamentos. Senadores têm direito a imóvel funcional ou a auxílio-moradia de R$5,5 mil, que podem ser usados em despesas como aluguel ou diárias de hotel.

Se economia fosse uma preocupação de suas excelências, a turma de Lula poderia ocupar um dos 288 imóveis funcionais que estão vazios.

A regalia estende a quem assume. Janaína Farias (PT-CE), suplente de Santana, garantiu disputado apartamento, outros dois recebem o auxílio.

Jussara Lima (PSD-PI) é a única que, até agora, entre os suplentes de ministros, não tem imóvel funcional e nem auxílio-moradia.

Por ato da Mesa, Augusta Brito, secretária de Estado no Ceará, deveria ter devolvido o apê. A Casa proíbe cessão do imóvel para casos assim.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). (Foto: Agência Senado).

Penduricalhos de Pacheco ressuscitam marajás

O penduricalho inventado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para engordar os vencimentos de juízes e procuradores ressuscita um truque, há anos extirpado da legislação, que fez surgir os marajás do serviço público. O truque é conceder gratificações como biênios ou quinquênios, como é o caso, que multiplicam os salários. O subterfúgio foi denunciado em Alagoas no fim dos anos 1980, quando esses quinquênios fizeram a folha de pagamento crescer ao equivalente a 120% da receita do Estado.

A bajulação de Pacheco com o chapéu do pagador de impostos custará R$42 bilhões, após estender o privilégio a PF, AGU, TCEs, TCU etc.

Como no século passado, mebros da magistratura e do MP voltarão a receber 5% do salário para cada 5 anos de serviço, até totalizar 35%.

Na luta de Alagoas contra marajás, o STF insinuou avalizar o quinquênio, mas o então governador, Fernando Collor, avisou que não pagaria.

Poder sem Pudor

A mulher de Cezar

O deputado Cezar Schirmer (RS) fazia campanha pelo MDB, no interior do Rio Grande do Sul, e sempre citava uma máxima surrada, mas eficaz: “A mulher de César não basta ser honesta. Tem que parecer honesta. Assim deve ser o governo!” Um eleitor foi saudá-lo na descida do palanque, cofiando os bigodes: “Gosto do jeito que o senhor leva sua mulher, deputado. Parabéns.”

O deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) encorajou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) a tomar a atitude que lhe resta: “Tenha um pingo de amor ao seu País e se demita. Você vai destruir a nossa economia”.

Empreiteiras corruptoras na Lava Jato ganharam da Controladoria Geral da União (CGU) desconto de 50% em multas. “Descontão para ladrão”, como definiu o jornalista Mário Sabino. Mas é mera coincidência a banca de advocacia do chefe da CGU ter contrato com a antiga Odebrecht.

Provocado pelo grito “cassação ou cadeia” de Zeca Dirceu (PT-PR), filho do notório José Dirceu, o senador Sérgio Moro (União-PR) não perdoou. “Cadeia é coisa do teu pai”, devolveu o ex-juiz da Lava Jato.

Prospera no ‘X’ a tese de que a PEC antidrogas é “jogo combinado” com o STF, e vale mesmo o aviso de Gilmar Mendes no “Jornal Gente” da rádio Bandeirantes/TV Bandnews: será dos ministros a última palavra.

Frase do dia

“Ficarão tentando nos enrolar no lero-lero”

Deputado Osmar Terra (MDB-RS), que sempre duvidou do déficit zero do governo Lula

Após o anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que vai permitir a abertura de cinco CPIs este ano, o site das comissões de inquérito na Casa apresenta erro e a mensagem “tente mais tarde!”.

O juiz que soltou dois traficantes presos com 400kg de drogas, no Mato Grosso, e tantos outros da mesma estirpe, não precisam se preocupar. O Conselho Nacional de Justiça está ocupado demais na caçada aos juízes que prenderam corruptos poderosos investigados na Lava Jato.

A Câmara barrou a entrada de motoristas de aplicativos que desejavam acompanhar a discussão de proposta do governo Lula que regulamenta a profissão. Os trabalhadores são contra o projeto.

Virou o maior auê na Assembleia do Maranhão falas da deputada Micael Damasceno (PSD) sobre o Dia da Família em que defendeu o homem como cabeça da família. “Mulher deve submissão ao marido”, bradou.

…éramos e felizes e não sabíamos mesmo.

Últimas Notícias