“Necessidade da Fazenda” definiu disputa sobre dividendos da Petrobras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (22/4), em evento com empresários em São Paulo, que o conselho de administração da Petrobras levou em conta “as necessidades” do Ministério da Fazenda na hora de decidir sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da estatal. A previsão é que o tema seja votado na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da companhia, marcada para quinta-feira (25/4).

“Está em discussão no conselho, há elementos novos, a diretoria apresentou melhoria da oxigenação financeira da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e do dólar. Isso vai ser considerado”, disse o ministro.

A discussão do pagamento de dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões a acionistas da Petrobras vem se arrastando há semanas. Boa parte do governo, o que inclui Silveira, queria a retenção total do valor. A diretoria e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sugeriram o repasse de 50% do valor.

Na sexta-feira (21/4), o conselho de administração da Petrobras definiu que a companhia pretende de fato distribuir 50% dos dividendos. As informações foram confirmadas pela Petrobras, em fato relevante divulgado no final da noite de sexta ao mercado.

O Ministério da Fazenda estima que o governo federal obterá uma receita adicional de R$ 6 bilhões com a distribuição de dividendos da Petrobras. A União é acionista majoritária da empresa. Assim, recebe uma parcela expressiva do valor.

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