Lula rejeita nova viagem a Portugal após sofrer com protestos em 2023

O evento que comemora os 50 anos da Revolução dos Cravos, que simbolizou o término da ditadura em Portugal, não contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele recusou um novo convite para viajar ao país para a ocasião, que ocorrerá na próxima quinta-feira, 25.

A escolha de Lula foi tomada após manifestações durante sua visita ao país em 2023.

Segundo a Folha de S.Paulo, o Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nas cerimônias em Lisboa. Dos presidentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, somente Lula e o ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mbasogo, estarão ausentes.

O motivo da não participação de Lula na cerimônia não foi anunciado tanto pelo Itamaraty quanto pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. O líder do Executivo esteve presente no evento no ano anterior, durante o período em que a esquerda governava o país.

A direita de Portugal não têm uma imagem positiva de Lula. Em 2023, o presidente português, Marcelo Rebelo, convidou o petista para falar num evento, no entanto, ele foi objeto de manifestações por parte dos parlamentares da oposição.

 

Pressão da Direita Portuguesa para Impedir Discurso de Lula

A direita portuguesa, com seus membros, exerceu pressão para evitar que Lula fizesse um discurso na cerimônia. Ameaças de vaias ao presidente brasileiro foram feitas pelos parlamentares. A liderança do movimento contra Lula ficou a cargo do Partido Social Democrata (PSD), do Chega e da Iniciativa Liberal.

O “Centro Social Democrático” e o PSD, ambos partidos de direita, triunfaram nas eleições para o Parlamento de Portugal. Luís Montenegro, que é um integrante da aliança entre essas siglas, foi escolhido como o primeiro-ministro do país.

André Ventura, líder do Chega, liderou a resistência ao discurso de Lula na cerimônia entre os parlamentares. O político, que concorreu nas eleições deste ano, afirmou que, se fosse eleito para o cargo de primeiro-ministro do país, impediria a entrada de Lula em Portugal.

Apesar de não ter triunfado na eleição, Ventura logrou ampliar sua representação no Parlamento de Portugal em mais de quatro vezes. O Chega foi de 12 para 50 parlamentares este ano. As informações são da Revista Oeste.

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