Menina de 6 anos cai da bicicleta e médicos fazem cirurgia em perna errada

Foto: Reprodução.

Uma menina de seis anos passou por uma cirurgia para instalação de pinos na perna direita, no entanto, o procedimento foi feito na perna errada, que não tinha fratura, enquanto a perna correta era a esquerda. O caso ocorreu na noite de quinta-feira (25) no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande (PB). As informações são do UOL.

Toda a equipe cirúrgica foi afastada e o caso está sendo investigado pelo hospital, pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) e pelo Ministério Público Estadual. A família registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes da Polícia Civil de Campina Grande.

A mãe da menina, Fernanda Oliveira, ficou chocada ao ver o erro e ainda está abalada.

“Na hora eu me desesperei. Eu até agora não entendo como isso aconteceu. A perna dela estava inchada, com uma tala e uma janelinha aberta para mostrar o edema”, disse Fernanda.

A perna da filha começou a inchar no último fim de semana, após a criança cair da bicicleta. Fernanda levou a filha ao hospital no domingo (21). Exames de imagem revelaram uma pequena fratura e um líquido decorrente de uma infecção.

Após a internação, foram feitos mais exames e marcada a cirurgia. Fernanda conta que a cirurgia durou duas horas e, por volta das 21h, quando a filha voltou do bloco cirúrgico, ela foi informada de que o procedimento havia terminado.

“Quando levantei o lençol, comecei a gritar: ‘Meu Deus, o que tá acontecendo? O que foi que fizeram?’. Uma enfermeira veio correndo e perguntou o que estava acontecendo. Eu disse: ‘operaram a perna errada’. Aí o médico veio, olhou, e levaram [a menina] de volta para o bloco cirúrgico para fazer a cirurgia na perna certa”, relatou Fernanda.

Mesmo após o erro ser corrigido, Fernanda ainda está revoltada.

“Não foi só uma pessoa, foi uma equipe! Várias pessoas não se deram conta de qual é a perna doente? Não precisa ser médico para ver o estado que ela estava. Agora minha filha está com as duas pernas operadas, e a gente não sabe como vai ser daqui para frente. Nem previsão de alta ela tem”, lamentou.

O Hospital de Trauma de Campina Grande afirmou que tomou todas as providências para acolher a mãe e sua filha, prestando-lhes a assistência necessária, e que uma sindicância foi instaurada para apurar a situação. O MP da Paraíba e o CRM também estão investigando o caso, assim como o Conselho Tutelar de Campina Grande.

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