AGORA: MP pede prisão de motorista de Porsche

O empresário Fernando Sastre, responsável pelo acidente de trânsito que resultou na m0rt3 de um motorista de aplicativo, foi denunciado pelo Ministério Público nesta segunda-feira, 29. O MP acusa o motorista do Porsche de cometer homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade por dolo eventual.

De acordo com a promotora Monique Ratton, responsável pela denúncia, a prisão preventiva de Fernando é necessária para evitar que ele influencie as testemunhas do caso, como já fez durante as investigações. Atualmente, o empresário responde aos crimes em liberdade, conforme reportagem do G1.

O acidente ocorreu no dia 31 de março deste ano na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram o Porsche transitando a 156,4 km/h e colidindo com a traseira de um Sandero a 114,8 km/h. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. Testemunhas relataram à Polícia Civil que Fernando havia consumido bebidas alcoólicas momentos antes de dirigir.

A promotora acusa Fernando de homicídio doloso qualificado por dolo eventual, pois ele assumiu o risco de matar o motorista de aplicativo. Além disso, ele também é acusado de lesão corporal gravíssima por ter ferido gravemente um estudante de medicina que estava no carro durante a batida.

Fernando não foi acusado de fugir do local do acidente, pois a promotora entende que ele deixou o local com a autorização da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência. No entanto, o Ministério Público pediu que a Justiça Militar investigue se os policiais cometeram algum crime ao permitir que o empresário fosse levado ao hospital pela sua mãe, em vez de escoltá-lo até a delegacia.

Atualmente, Fernando responde aos crimes em liberdade, mas se a Justiça aceitar a denúncia do MP, ele se tornará réu no processo. Além disso, caso o juiz decrete a prisão preventiva, ele terá que ser preso sem prazo para sair.

A próxima etapa do processo será marcar uma audiência de instrução para ouvir as testemunhas e o empresário. Se o juiz entender que há indícios de crimes, Fernando será submetido a júri popular. A pena para os crimes pode ultrapassar 4 anos de prisão.

Enquanto isso, a Polícia Técnico-Científica continua as investigações e espera concluir o laudo sobre a reconstituição do acidente. A reprodução simulada será incluída no processo como evidência.

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