Ações contra Sergio Moro chega ao TSE

As ações que pedem a cassação do ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) chegaram ao TSE. As duas terão como relator o ministro Floriano de Azevedo Marques, que também é responsável pela ação que pode culminar na perda de mandato do senador Jorge Seif (PL-SC).

Floriano é amigo de longa data do presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Floriano já acompanhou votos do ministro Alexandre de Moraes, inclusive nas ações que pediram a inelegibilidade de Jair Bolsonaro pelos atos de 7 de Setembro de 2022.

Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu o senador Sergio Moro (União-PR) no processo de cassação de mandato por abuso de poder econômico. O placar foi de 5 desembargadores eleitorais contra dois.

Apenas José Rodrigo Sade e Lucio Jacob Junior, ambos escolhidos pelo petista para participar do julgamento, acataram as alegações de PT e PL de que o ex-juiz da Lava Jato cometeu abuso de poder econômico por ter se apresentado como pré-candidato ao Palácio do Planalto e ao Senado por São Paulo antes de se eleger senador pelo Paraná.

O placar escancarou aquilo que se sabe desde que Moro se candidatou: o mundo político, e em especial os petistas, que falam tanto em amor, não perdoaram — e provavelmente nunca vão perdoar — o ex-juiz pela Operação Lava Jato.

Contestando a família Bolsonaro, o PL recorreu contra Moro “por força do contrato” com os advogados da sigla.

Com 126 páginas, o recurso do partido de Valdemar Costa Neto insiste na tese de que houve um “histórico de abusos” da campanha de Moro ao Senado, com “eventos hollywoodianos de filiações partidárias e de lançamentos de pré-candidaturas” e “inúmeras produções de vídeo, de qualidade altamente profissional, tanto para veiculação nos eventos quanto nas redes sociais” de Sergio Moro.

Acusação

Seus acusadores fingem outras motivações, mas, antes mesmo de o placar cristalizar a realidade, a razão essencial transparecia nas próprias acusações, como destacou o relator do caso, Luciano Carrasco Falavinha. Moro foi acusado até de caixa 2, algo que nem os indicados por Lula ousaram endossar ao votar pela cassação.

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