Ato pelo Dia do Trabalhador, organizado por Lula, teve pedido de votos para Boulos, recursos da Petrobras e R$ 250 mil da Lei Rouanet

O presidente Lula causou uma enorme polêmica ao pedir votos antecipadamente para Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, durante um evento financiado com recursos da Lei Rouanet. O Festival Cultura e Direitos, que ocorreu na quarta-feira (1º) em homenagem ao Dia do Trabalhador, recebeu R$ 250 mil através da lei de incentivo à cultura, captados pela Veredas Gestão Cultural. O evento, que também contou com o apoio da Petrobras, foi marcado por apresentações de artistas como Sérgio Loroza e nomes conhecidos do rap e pagode.

Ainda que o evento tenha sido apresentado como uma celebração cultural e dos direitos dos trabalhadores, a inserção do discurso político de Lula cometeu crime eleitoral. De acordo com a legislação eleitoral, a campanha só é permitida após o dia 16 de agosto, o que coloca o pedido de votos para Boulos em uma situação muito complicada das normas eleitorais.

Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, defendeu a legalidade da fala de Lula, afirmando que se tratava apenas de uma manifestação de apoio dentro do que é permitido pela Lei das Eleições. Contudo, a situação gerou debates sobre a adequação do uso de recursos públicos e patrocínios estatais em eventos que podem ter conotações políticas, especialmente quando figuras políticas utilizam a plataforma para promoção de candidaturas.

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