Justiça remover vídeo em que Lula pede votos a Boulos

Atendendo a um pedido feito pelo Partido Novo, a Justiça Eleitoral mandou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) excluir de seus canais na internet o vídeo em que aparece pedindo votos de forma explicita para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo (SP).

O prazo para remoção é de 48 horas. A fala do petista foi proferida em um evento em comemoração ao Dia do Trabalhador, na quarta-feira (1º), no estádio de futebol do Corinthians, a Neo Quimica Arena.

“Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, afirmou Lula durante discurso.

Em sua decisão, o juiz eleitoral Paulo Eduardo de Almeida Sorci escreveu que a manutenção do vídeo na internet pode causar prejuízos à campanha eleitoral de 2024 e provocar falta de equilíbrio entre os candidatos ao pleito municipal.

“Em razão do referido vídeo constar da página oficial do presidente da República no YouTube, e ser ele figura de expressiva importância nacional, com potencial de influenciar seguidores e não seguidores, já que conta com 1.390.000 inscritos, tendo o referido vídeo mais de 63.000 visualizações em cerca de 20 horas, não restam dúvidas quanto à presença do ‘periculum in mora’, pois a permanência do vídeo na rede pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, se trata de um ‘cabo eleitoral’ de considerável relevância”, diz trecho da decisão.

O YouTube também foi notificado para excluir o vídeo em que Lula desrespeita a lei elitoral. A partir de agora, o Ministério Público Eleitoral também participará da ação e fornecerá um parecer ao juiz no prazo de um dia.

Desde o ato e a fala do mandatário, figuras políticas como Kim Kataguiri (União), Marina Helena (Novo), o PSDB, o MDB e o PP manifestaram-se a favor de processar o presidente pela propaganda irregular ao pré-candidato esquerdista.

Últimas Notícias