Em meio à situação de calamidade, Porto Alegre decreta racionamento de água

Compreendendo a situação delicada que Porto Alegre está enfrentando devido à falta de água tratada. O prefeito Sebastião Melo (MDB) tomou uma medida importante para lidar com essa crise: ele publicou um decreto nesta segunda-feira (6/5) estabelecendo o racionamento de água na cidade. Isso ocorre porque, atualmente, apenas duas das seis estações de tratamento que abastecem a capital estão operando: a de Menino Deus e a de Belém Novo.

O decreto, registrado no Diário Oficial de Porto Alegre, determina que a água distribuída pelo município deve ser utilizada exclusivamente para o abastecimento e consumo essencial. Isso significa que atividades não essenciais, como lavagens de automóveis, calçadas, fachadas, jardins, salões de beleza, clínicas estéticas, academias e pet shops, devem ser evitadas para preservar o recurso hídrico,

O prefeito Melo ressaltou a gravidade da situação, considerando as chuvas intensas que afetaram a região. Ele fez um apelo à população para que todos contribuam e compreendam a necessidade de racionamento. A conscientização de cada cidadão é crucial para enfrentar esse desastre natural e garantir que a água seja utilizada de forma responsável.

Leia o decreto na íntegra

DECRETO Nº 22.654, DE 6 DE MAIO DE 2024.

Determina que, até que seja retomada a situação de regularidade do abastecimento de água no Município de Porto Alegre, a água distribuída pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) seja, exclusivamente, para abastecimento e consumo essencial.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, inciso II, da Lei Orgânica do Município, Considerando as chuvas intensas que atingiram o Município de Porto Alegre, a partir do dia 29 de abril de 2024, causando danos, destelhamentos, inundações, alagamentos e deslizamentos de terra em diversas áreas do Município, considerando que a tempestade afetou de forma drástica comunidades residentes em áreas de risco e em vulnerabilidade, com muitas famílias perdendo residências e todos os seus pertences, considerando que, em consequência deste desastre, resultaram os danos materiais e os prejuízos econômicos e sociais, considerando que existe falta de água sendo iminente a necessidade de racionamento, considerando o Decreto Estadual nº 57.596, de 1º de maio de 2024, que declara estado de calamidade pública no território do Estado do Rio Grande do Sul afetado pelos eventos climáticos de chuvas intensas, COBRADE 1.3.2.1.4, ocorridos no período de 24 de abril a 1 o de maio de 2024, considerando o Decreto Municipal nº 22.647, de 2 de maio de 2024, que declara estado de calamidade pública no município de Porto Alegre pelo evento adverso Chuvas Intensas COBRADE 1.3.2.1.4, ocorridos a partir de 29 de abril de 2024,

DECRETA:

Art. 1º Fica determinado que, até que seja retomada a situação de regularidade do abastecimento de água no Município de Porto Alegre, a água distribuída pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) seja, exclusivamente, para abastecimento e consumo essencial.

Parágrafo único. Atividades como: lavagens automotivas, lavagem de calçadas e fachadas, rega de jardins e gramados, salões de beleza, clínicas estéticas, academias, banho e tosa de animais devem ser evitadas de modo a preservar a água disponível para o consumo essencial.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 6 de maio de 2024.

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