Indústria interrompe produção e dá férias coletivas em meio a enchentes no RS

As intensas chuvas e as consequentes tragédias climáticas no Rio Grande do Sul tiveram um impacto significativo nas operações industriais. Diversas fábricas, abrangendo setores que vão desde produtos químicos até utensílios domésticos, precisaram paralisar suas atividades. A impossibilidade de os funcionários comparecerem com segurança ao local de trabalho levou as empresas a desligarem suas máquinas e adotarem medidas como férias coletivas ou folgas para os empregados.

A seguir, algumas das ações tomadas pelas empresas diante dessa situação:

  1. Tramontina:
    • Aproximadamente 4 mil funcionários dos setores produtivos de duas fábricas em Carlos Barbosa receberam férias.
    • Previsão de retorno na quinta-feira da semana seguinte.
    • Funcionários de setores administrativos e comerciais continuam trabalhando remotamente.
    • Fábricas que produzem ferramentas, utensílios e equipamentos também concederão férias, priorizando os funcionários que moram longe do local de trabalho.
  2. General Motors (GM):
    • A fábrica que produz o carro Onix, um dos mais vendidos do país, estendeu o recesso programado de seis dias.
    • A produção permanecerá suspensa até pelo menos a sexta-feira.
    • A GM também realizou doações em dinheiro, alimentos e roupas, além de emprestar veículos para operações de resgate.
  3. John Deere:
    • Operações nas fábricas de Montenegro (tratores agrícolas), Porto Alegre (equipamentos de construção) e Canoas (pulverizadores agrícolas) foram suspensas.
  4. Braskem:
    • No polo petroquímico de Triunfo, as unidades produtivas também foram paralisadas como medida preventiva.
    • Técnicos supervisionam e acompanham as principais estruturas do complexo, aguardando condições seguras para retomar a produção.
  5. Gerdau:
    • As atividades em Charqueadas (aços especiais) e Sapucaia do Sul (aços longos) foram interrompidas.
    • A paralisação não afetará as entregas aos clientes, e nenhuma das unidades sofreu danos pelos temporais.
  6. Marcopolo:
    • As operações em Caxias do Sul foram retomadas, com áreas administrativas ainda trabalhando remotamente.
    • Trabalhadores que moram em áreas com deslocamento impossibilitado pelas chuvas foram liberados.

Na terça-feira, 7, atendendo a pedidos dos empresários, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelos empregadores gaúchos serão suspensos durante quatro meses. Também será liberado aos trabalhadores atingidos pelo desastre ambiental o saque emergencial do FGTS.

Na segunda-feira, 6, em audiência por vídeo, representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também reivindicaram ao ministro uma reedição do programa emergencial contra demissões. Adotado na pandemia, o programa prevê apoio financeiro do governo aos empregados que tiverem contratos suspensos ou salários reduzidos e a diminuição temporária da jornada de trabalho. Marinho prometeu avaliar.

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