Vice presidente estadual do PT é acusado de violência doméstica pela companheira

foto: Reprodução

Augusto Lobato, ex-presidente do PT no Maranhão, enfrenta acusações de agressão física e psicológica feitas pela ex-companheira Caroline Bastos. O boletim de ocorrência foi registrado por ela em 2 de abril na Delegacia Especial da Mulher, em São Luís.

Após analisar o depoimento, a juíza responsável pelo caso não encontrou motivo para conceder medidas protetivas de urgência, solicitadas com base na Lei Maria da Penha. Caroline Bastos, de 35 anos, atuante no meio político, chegou a ser nomeada coordenadora de Cultura do município de Santa Quitéria (MA) em 2022. Ela relata que, no mesmo ano, foi agredida fisicamente por Lobato, mas optou por não denunciá-lo na ocasião. O relacionamento durou um ano e nove meses e terminou em março deste ano.

No depoimento à polícia, ela descreve que o ex-companheiro a insultou após uma discussão em março, chamando-a de “vagabunda”, “louca”, “escrota” e “canalha”, além de a chamar de “interesseira”. Após cobrar Lobato sobre uma outra mulher, ele teria respondido que ela seria “melhor do que ela”. Após a discussão, ele teria dito que “não ia ajudá-la em mais nada”.

A juíza Vanessa Clementino Sousa avaliou que não havia elementos para conceder as medidas protetivas imediatas sem a manifestação da outra parte, apesar da notícia de episódios anteriores de violência e comportamento controlador de Lobato.

Caroline Bastos afirmou ter sofrido agressões físicas e psicológicas, incluindo tapas, chutes, empurrões e puxões de cabelo, em 2022. Ela disse que, na época, Lobato pediu perdão, mas que as agressões psicológicas continuaram. Ela afirma ter reunido novas evidências para reforçar o pedido de medidas protetivas.

Augusto Lobato, de 55 anos, não respondeu aos contatos da coluna para comentar as acusações. Ele, que é atual vice-presidente estadual do PT, busca retomar o controle da sigla no Maranhão. Em janeiro deste ano, solicitou o retorno ao comando do partido em carta enviada à Gleisi Hoffmann.

Em abril, a psicanalista Natália Schincariol denunciou Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente, com base na Lei Maria da Penha, alegando agressões físicas, incluindo cotoveladas. Luís Cláudio nega as acusações e se diz alvo de injúria e calúnia.

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